inShare O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento
Rural, Daniel Campelo, considerou hoje que a floresta "é um dos
grandes valores que o país tem" e é responsável por 11 por cento das
exportações nacionais.
"A floresta é um dos grandes valores que o país tem e que nós não
conhecemos devidamente, ou, pelo menos, não temos consciência dessa
expressão", afirmou Daniel Campelo na sessão de abertura de um
seminário sobre o "Panorama Florestal Nacional: Dificuldades e
Soluções", realizado hoje no Sabugal.
No encontro organizado pelo Fórum Florestal - Estrutura Federativa da
Floresta Portuguesa, o governante observou que a importância da
floresta não tem sido reconhecida pelo poder político nem pelos
cidadãos, mas admitiu que já começa a ser e "isso é que é importante".
Segundo Daniel Campelo, o setor florestal nacional é hoje responsável
"por 11 por cento do total" daquilo que o país exporta e dá trabalho a
cerca de 260 mil pessoas.
"Se olharmos para o panorama nacional, a exportar mais que a floresta
portuguesa só temos dois setores: o dos petróleos (Galp) e a
AutoEuropa", apontou.
O secretário de Estado disse ainda que no território nacional "ainda
há por aproveitar cerca de 1,5 a dois milhões de hectares de
território com potencial florestal".
Daniel Campelo admitiu que a floresta que está por gerir representa
uma potencialidade com "um enorme espaço de crescimento que, para
alguns especialistas, é superior a trinta por cento".
Na sua intervenção, escutada por autarcas, dirigentes associativos,
produtores florestais e especialistas observou que o setor florestal
possui uma enorme oportunidade de crescimento.
Também reconheceu que "um país que não ocupa o seu território, que não
aproveita o potencial do seu território, é um país que não tem futuro,
a não ser que tenha minas de ouro e poços de petróleo".
E mesmo que tivesse petróleo e ouro, assumiu que seria "um erro fatal,
um erro grave, abandonar a capacidade de produzir na floresta e na
agricultura".
Daniel Campelo falou da importância da floresta para a fixação de
carbono, para a qualidade da água e para a fixação de pessoas, mas
alertou que "não é o euro milhões".
Salientou que "cresce todos os dias" e dá rendimento aos seus
proprietários, daí a necessidade de os portugueses olharem para ela
"com otimismo".
Durante o seminário hoje realizado no Sabugal foram abordados temas
como plano de ação nacional de controlo do nemátodo da madeira do
pinheiro, fitossanidade florestal, oportunidades e futuro do
associativismo florestal.
Ricardo Jacinto, presidente da direção do Fórum Florestal, lembrou que
no século passado "as pessoas viviam da floresta e dos espaços rurais
e isso é rentável".
Quanto ao futuro, reconheceu que a "subsidiação é necessária", mas
como "uma mais valia" para a rentabilidade do setor.
"Temos que conseguir dar músculo financeiro aos produtores
florestais", pediu o dirigente.
Diário Digital com Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=579706
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