Panorama mundial da vinha e do vinho

21-06-2012


Fonte: OIV


A superfície vitícola

A implementação da Organização Comum de Mercado (OCM), levou à
aplicação para o terceiro e último ano do novo regime para o abandono
definitivo. Esta última campanha de abandonos definitivos foi
acompanhada por um nível de prémio menos atraente do que o das
campanhas anteriores que, todavia, levaram os produtores dos Estados
membros a pedirem para beneficiar desta medida em proporções ainda não
negligenciáveis: cerca de 82 mha (contra 108 e 160 mha,
respectivamente das campanhas anteriores) de pedidos para o abandono
definitivo foram solicitados. Dado o orçamento para o terceiro ano de
aplicação da medida, o coeficiente de redução aplicado a esses pedidos
foi de 40,4% (contra 50,1% e 46,9%, respectivamente, das campanhas
anteriores), tanto que apenas 45-50.000 ha foram declarados elegíveis
para financiamento comunitário.


Os principais países envolvidos são a Espanha (redução esperada da
vinha de cerca de 28 mha sob a influência da aplicação única da
regulamentação da UE), a Itália (9 mha), a França (6 mha), a Hungria
(pouco mais de 2 mha) e Portugal (menos de 1000 ha).

Na verdade, a análise da evolução da área plantada nos principais
países da UE mostra que a redução registada em 2011 foi, como nos anos
anteriores, superior à induzida pela implementação isolada deste
procedimento. O principal país em questão é a Espanha, onde a redução
global da vinha se situou perto dos 50 mha, reflectindo uma redução
global de 4,6% em 2011, face a 2010. A vinha italiana, por sua vez,
sofreu uma redução global estimada em 12 mha (-1,5%). E em França,
teve uma redução de 12 mha, ou seja, -1,5%.

As vinhas búlgara, húngara, grega e portuguesa registaram recuos de 2 a 7 mha.



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