Publicado a 24 JUN 13 às 13:05
As Confederações da Indústria, Comércio, Turismo e Agricultura
defendem uma descida de impostos generalizada e urgente.
As quatro confederações juntaram-se, esta manhã, para apresentarem um
projecto conjunto que visa promover o crescimento económico.
«De uma vez por todas há que ter a coragem de o assumir e a ousadia de
não insistir numa receita que não é uma solução para Portugal e cuja
continuidade nos pode levar para um caminho sem retorno. É preciso
coragem e humildade para reconhecer que precisamos de alterar o rumo»,
referiram os signatários deste compromisso hoje apresentado em
conferência de imprensa.
De acordo com o presidente da CIP, António Saraiva, esta iniciativa
surgiu, nomeadamente, porque as confederações patronais consideram que
o Governo está «a usar mal» uma boa ferramenta que é a Concertação
Social.
Entre as medidas que consideram urgentes que Portugal venha a adotar,
as quatro confederações patronais referem a necessidade de um «alívio
fiscal» que será «determinante para a retoma do investimentos das
empresas, para a recuperação do emprego e do consumo das famílias».
«O assim que for possível» do Governo, segundo o presidente da
Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira
Lopes, «não é suficiente».
«Queremos propostas mais concretas e datadas», sublinhou.
A este propósito, o presidente da Confederação dos Agricultores de
Portugal (CAP), João Machado, lembrou que a promessa de reestruturação
do IRC é importante, mas não terá efeito imediato na situação do poder
de compra das famílias.
«É preciso olhar com mais atenção para o IRS e também para o IVA,
todas estas matérias tÊm que estar em cima da mesa, a par do IRC»,
disse.
A CAP, a CCP, a CIP e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP)
pretendem assim, em linhas gerais, que sejam concretizadas as linhas
gerais do "Acordo para o Crescimento, Competitividade e Emprego",
subscrito em janeiro do ano passado.
«Estamos unidos em torno das medidas que sejam capazes de recuperar os
postos de trabalho, que estão a deixar perto de um quarto de população
ativa no desemprego. Estamos unidos na ambição de travar a contração
do investimento e na tarefa de tirar da letargia a nossa economia»,
referem.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=3287152&page=-1
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