Proteger o ambiente
Desperdiçaram-se milhões para proteger espécies que facilmente se
adaptariam a novas zonas.
16 de Setembro, 01h00
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Por:Ângelo Correia, gestor
"O grande problema de Portugal reside no facto das suas elites nos
governos serem incompetentes e corruptas. O criterio de selecçao,em
grande parte, assenta no compadrio e na clientela partidaria."
vitor meleiro
16 Setembro 2013
O Estado Português assumiu-se como protetor da paisagem, indo neste
âmbito ao ponto de definir o conceito de "áreas protegidas", isto é,
aquelas que pela sua natureza apresentam uma delimitação geográfica
que circunda uma área onde a natureza se expressa de um modo que não
tem constrangimentos humanos, apenas os dela própria. É claro que quem
tudo quer proteger, na prática quase nada protege.
Todos os anos o território português é devastado, e, na primeira linha
da destruição, registam-se as "zonas protegidas" a cargo do Estado.
Paisagens lagunares, zonas de biodiversidade, por mais protegidas que
sejam, estão ao abandono, mais parecendo lixeiras.
A pior atitude que se pode ter é consagrar uma proteção que não é
exercida. Quando se comparam as matas e zonas protegidas, propriedade
ou geridas por entidades privadas ou pelo Estado, percebe-se a
diferença de tratamento e o risco envolvido.
Paralelamente a esta falsa postura de proteção, o ambiente tem
contribuído sobretudo para travar e não para criar.
Por vezes está subjacente a ideia de que conservar é manter o que
está, o que é um profundo erro. O que está só se mantém se for
tratado, e a tentação de pura conservação conduz quase sempre ao
abandono, à destruição, ao risco.
Por isso, a política de ambiente carece de uma visão e de uma dinâmica
modernizadoras, garantindo uma Reserva Agrícola fundamental a ser
utilizada na criação de riqueza e no desenvolvimento das populações;
garantindo a proteção da biodiversidade sob formas contratualizadas
com quem queira e saiba operar; garantindo condições de fixação humana
em locais e áreas abandonadas.
No passado, e por pretensas razões ambientais, desperdiçaram-se
milhões para proteger espécies que facilmente se adaptariam a novas
zonas.
Em Portugal, esqueceu-se, ou não se quis considerar, que, assim como
os humanos se adaptam, as aves, os répteis e outros mamíferos também
se adaptam. O ambiente foi algumas vezes um palco de fundamentalistas
serôdios, de críticos encastrados na ignorância, ou negócios laterais
realizados à custa da doutrina. Hoje devemos estar mais confiantes. O
tempo é outro, as pessoas que dirigem o setor são outras. As
necessidades, essas, são as mesmas.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/proteger-o-ambiente
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