30 Abril 2012 | 20:06
Lusa
O primeiro-ministro assumiu hoje o compromisso do Governo de concluir
as obras do Alqueva em 2015, defendendo que o projecto é "essencial"
para promover o regadio e outras actividades "essenciais à recuperação
económica" do Alentejo e do País.
Devido à situação económica e financeira do país, os investimentos
"não puderam ocorrer como planeado" e o Governo teve que "fazer a
reprogramação do investimento do Alqueva" e, "por essa razão, em vez
de o próximo ano ser o ano de referência para a conclusão das obras,
esse ano está referenciado para 2015", disse Pedro Passos Coelho.
O chefe do Governo falava aos jornalistas em Beja, durante uma visita
à Ovibeja, onde, entre beijos e apertos de mão a visitantes da feira,
provou vinhos, azeites e presunto da região e ouviu modas alentejanas,
tendo, inclusive, cantado uma delas.
Questionado pelos jornalistas sobre se a conclusão do projecto global
do Alqueva em 2015 é um compromisso do Governo, Pedro Passos Coelho
respondeu: "Foi o compromisso que nós assumimos, não é verdade?".
Segundo Pedro Passos Coelho, "a afectação dos recursos necessários,
quer por via do POVT [Programa Operacional Valorização do Território],
quer por via do PRODER [Programa de Desenvolvimento Rural], estão
assegurados".
Por isso, "independentemente" de o Governo conseguir ou não "encontrar
forma de os fundos de coesão poderem vir ser drenados para esta obra
tão importante, a verdade é que ela está assegurada", garantiu.
"E, portanto, conseguiremos levar a água do Alqueva a mais
utilizadores, em particular através da extensão da sua rede secundária
e também através de contratos de abastecimento com outras entidades
que garantam também receitas próprias que possam ser reinvestidas no
projecto", disse.
Pedro Passos Coelho disse que o Governo está "convencido" de que o
Alqueva "será bem-sucedido e é determinante" para que as culturas de
regadio possam "progredir, como tem vindo a conhecer", mas também
possam ter "uma expansão ainda mais favorável".
"O Alqueva não tem nenhum atraso em termos de obras", as quais "estão
a decorrer como o normal", garantiu, insistindo na necessidade que o
Governo teve de reprogramar "um conjunto de futuras" empreitadas, que
estavam previstas terminar em 2013, porque "não há recursos
financeiros para as concluir dentro desse prazo".
Durante a visita à Ovibeja, Pedro Passos Coelho também assistiu a uma
actuação da Tuna Académica da Escola Superior de Saúde de Beja na
altura em que alunos de Enfermagem cantavam uma música, cujo refrão
dizia: "Vou-me embora, vou partir, mas tenho esperança".
Após ouvir a música, o primeiro-ministro dirigiu-se a alguns dos
alunos e disse: "Há um espaço grande para progressão profissional
nesta área, de maneira que só vos posso desejar muito sucesso (...),
porque em todo o mundo ainda há um défice" de profissionais de
enfermagem.
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