Primeiro Emprego
Falar da Vidigueira é falar de vinho. Depois de conquistar os
portugueses com os seus "néctares" de grande qualidade, a nova aposta
da Adega Cooperativa da Vidigueira, Alvito e Cuba (ACV) passa pela
exportação, que actualmente representa apenas dois por cento no seu
volume total de vendas.
01 Junho 2012Nº de votos (0) Comentários (0)
Por:Carlos Pinto
"É um valor que nos preocupa e, por isso, estamos a trabalhar no
sentido do crescimento da quota de exportação", admite o recém-eleito
presidente da ACV, José Miguel Almeida, revelando que actualmente os
principais destinos dos vinhos da Vidigueira além-fronteiras são
Angola, Rússia, China e Suécia. Mas se lá fora ainda há muito trabalho
por fazer, cá dentro os vinhos da Adega Cooperativa da Vidigueira,
Alvito e Cuba são um sucesso. Em 2011 os 340 associados da cooperativa
produziram perto de 5,5 milhões de litros, o que deu azo a um volume
de negócios a rondar os cinco milhões de euros, para o qual muito
contribuíram os principais clientes da instituição alentejana: "os
grupos económicos da denominada distribuição moderna e os operadores
locais que trabalham todo o canal Horeca".
Apesar destes resultados positivos, também na Vidigueira a crise se
tem feito sentir e de modos distintos.
"O mais óbvio tem a ver com o decréscimo no volume de vendas, motivado
pela diminuição do consumo das famílias. O outro tem a ver com a
situação de falência de alguns dos nossos clientes, e o consequente
incumprimento dos mesmos na liquidação das suas contas", sublinha José
Miguel Almeida, revelando que nos últimos tempos a adega estabeleceu
"medidas de controlo e plafonamento", além de ter "em curso processos
de renegociação de dívidas" com os seus clientes.
Crise(s) à parte, e com mais de meio século de actividade (foi fundada
em 1960) e 21 colaboradores a tempo inteiro, a Adega da Vidigueira não
se resigna com a fama conquistada ao longo dos anos e continua a
apostar forte no futuro. Por isso mesmo, as vinhas dos seus associados
têm sido continuamente reestruturadas, sobretudo através da introdução
de novas castas e de sistemas culturais modernos.
"É este o ponto de partida para uma unidade de produção de vinhos em
constante modernização e com capacidade de se afirmar continuamente na
produção de vinhos brancos e tintos de elevada qualidade", justifica
José Miguel Almeida. Ao mesmo tempo, está a ser elaborado o Plano de
Marketing 2012-2014, no âmbito do qual está previsto uma renovação da
imagem institucional da adega e alterações no seu portefólio. Outras
das apostas da adega é o projecto de modernização que tem vindo a ser
desenvolvido, desde 2009, e que há pouco mais de duas semanas entrou
numa nova fase, com o arranque das obras de construção do edifício
destinado a uma nova linha de engarrafamento e de um espaço para
armazenamento de produto acabado, num investimento de 1,5 milhões de
euros.
"Tratando-se o engarrafamento de uma fase crítica do processo
agro-alimentar, não convém esquecer que esta adega tem,
simultaneamente, de dar resposta ao factor qualitativo e quantitativo,
face ao volume de produção anual", vinca José Miguel Almeida.
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=81512990-7ED0-4A2E-9A3F-7282CE73EDB1&channelID=00000011-0000-0000-0000-000000000011
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