COMANDANTE DISTRITAL VAZ PINTO
por Lusa09 maio 20136 comentários
O Comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro vai
apresentar hoje o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios
Florestais de 2013, que tem em conta "as lições aprendidas" no grande
incêndio do verão passado no Algarve.
Em declarações à agência Lusa, o comandante distrital, Vaz Pinto,
afirmou que "o dispositivo na região já há muitos anos que está
consensualizado entre todos os agentes de proteção civil e entidades
cooperantes" e é sujeito a "pequenos ajustamentos todos os anos", mas
irá este ano ter em conta problemas verificados no combate ao incêndio
de julho passado em Tavira e São Brás de Alportel.
"Este dispositivo é muito semelhante ao de anos anteriores, mas, por
exemplo, no que diz respeito ao aprontamento do dispositivo, houve
algumas ações tendentes a suprir ou a minimizar algumas das questões
elencadas nesse documento", afirmou, referindo-se ao relatório da
Autoridade Nacional de Proteção Civil sobre o combate ao incêndio.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil reconheceu no relatório
elaborado a pedido do ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, que houve "debilidade na coordenação ou no comando" e referiu
"a insuficiência da rede viária", que atrasou em três horas a chegada
de meios a local, mas não o combate ao fogo e que apontou para falhas
na coordenação.
Vaz Pinto escusou-se a avançar mais pormenores sobre o dispositivo,
remetendo todos os esclarecimentos para a conferência de imprensa onde
será feita a sua apresentação, que se realiza hoje na Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, em Faro, pelas
11:30.
O grande fogo ocorrido no verão passado no Algarve deflagrou na
freguesia serrana de Cachopo, no concelho de Tavira, e alastrou depois
ao concelho vizinho de São Brás de Alportel, tendo consumido mais de
20 mil hectares de área florestal e destruído várias habitações nos
dois municípios durante os quatro dias que esteve ativo.
O dispositivo de combate ao incêndio foi dos maiores alguma vez
utilizados em Portugal, tendo chegado a quase um milhar de
operacionais, entre elementos dos bombeiros, GNR ou do exército, que
contaram com o apoio de perto de uma dezena de meios aéreos.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3209243&page=-1
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