Luanda - O recente anúncio de montagem de uma rede de frio a nível
nacional, em Angola, através de uma parceria de uma firma portuguesa
com empresários angolanos, é um sinal claro da aliança entre o
empresariado português e o angolano.
Angola sempre foi uma prioridade da política económica portuguesa. O
sustentado crescimento das relações económicas entre Portugal e Angola
que, durante os últimos dez anos, registaram um progresso
impressionante, têm vindo a promover o desenvolvimento de vastas
empresas transnacionais, verdadeiros players no mercado global, no
quadro da trajectória de ascensão de Angola no continente africano.
A aposta portuguesa em Angola não é de agora. Mesmo durante os anos de
guerra civil que marcaram os primeiros anos da independência angolana,
a forte presença de empresas portuguesas permitiu continuar a
aprofundar a aliança entre os dois países. Uma estratégia de longo
prazo e de pequenos passos, que contrasta com a recente entrada em
cena de empresas terceiras voltadas sobretudo para a exploração «pura
e dura» dos recursos naturais angolanos.
O desenvolvimento destas parcerias lusófonas com empresas angolanas,
em áreas que vão desde a banca aos hidrocarbonetos, do ambiente ao
tratamento de águas, passando pelo saneamento e gestão de resíduos, a
construção, a distribuição, o fornecimento de conteúdos para televisão
e Internet ou pela agricultura, bem como a área da agropecuária, têm
reforçado o entendimento estratégico dos dois países lusófonos e
potenciado o investimento directo português em Angola.
Nos próximos anos é esperado que estas parcerias produzam empresas de
dimensão global, capazes de potenciar o crescimento da economia
angolana noutros sectores de actividade. O objectivo é, claramente, o
de libertar Angola das flutuações do preço do petróleo no mercado
internacional, possibilitando que o enorme potencial económico
angolano se possa converter numa liderança do continente africano.
Por outro lado, a aposta portuguesa na formação e capacitação de
quadros técnicos, diferentemente de outros parceiros económicos
angolanos, que têm no país africano fundamentalmente um parceiro de
extracção, tem vindo a desenvolver um tecido intelectual fundamental
para a internacionalização da economia angolana nos sectores
financeiro, de transportes, de telecomunicações e de distribuição.
(c) PNN Portuguese News Network
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