sábado, 31 de março de 2012

Adegas cooperativas portuguesas querem menos impostos sobre o vinho em Moçambique

NEGÓCIOS
29/03/12, 11:52
OJE/Lusa
A Federação de Adegas Cooperativas de Portugal (FENADEGAS) quer que o
Governo português e Moçambique "encontrem situações de exceção" nos
impostos aduaneiros pagos na importação de vinhos portugueses, afirmou
na quarta-feira o vice-presidente da organização.

"Ao nível da qualidade, não temos dúvidas de que somos muito
competitivos, para não dizer inigualáveis. A nível de preços, temos
alguns constrangimentos. Apelo às autoridades portuguesas e
moçambicanas que encontrem situações de exceção para os vinhos de
Portugal", disse à agência Lusa José Santos, durante uma prova de
vinhos em Maputo.

"O mercado moçambicano tem uma apetência muito grande pelos produtos
portugueses, nomeadamente, o vinho. A ideia é reforçar as relações
comerciais que se iniciaram no ano passado e encontrar outros agentes
económicos que queiram trabalhar estes produtos", sublinhou.

José Santos acrescentou que a FENADEGAS pretende reforçar as relações
comerciais com Moçambique, depois de ter estabelecido, em 2011, vários
acordos comerciais entre empresas dos dois países.

Os vinhos portugueses estiveram representados pela VERCOOP,
Cooperativa de Pegões, Caves de Santa Marta, Caves de Vale do Rodo,
Adega Cooperativa da Vermelha e Cooperativa de Cantanhede.

"Encontramos aqui vinhos de todas as gamas: os de exceção, como os
vinhos do porto, que estão aqui para tentar alavancar todos os outros
produtos. Depois, vinhos de Denominação de Origem Controlada (DOC),
verdes, como o alvarinho, espumantes, rosés, ou seja, todo o tipo de
produtos para todo o segmento de mercado", disse José Santos.

Em Moçambique, os vinhos portugueses concorrem diretamente com
produtos chilenos e sul-africanos, sendo que estes últimos gozam de um
regime de exceção nos impostos.

Devido às taxas aduaneiras, o preço de uma garrafa de vinho português
pode custar em Moçambique o triplo do valor pago pelo consumidor em
Portugal. "Não faz sentido que o vinho do Chile que chega a Moçambique
tenha a mesma carga fiscal que os vinhos portugueses. Aproveitando as
relações de proximidade que existem entre a CPLP será possível
encontrar situações de excecionalidade", disse o vice-presidente.
Santos referiu ainda que a iniciativa se insere numa política de
internacionalização dos produtos das cooperativas que representa,
sendo Moçambique um mercado preferencial.

http://www.oje.pt/noticia.aspx?channelid=C32FD067-0BC2-4366-9A04-208E8B2DB854&contentid=409B087C-1171-4473-A9F0-72AF94532F9A

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