HOJE às 15:310
inShareA crise económica e financeira está a fazer regressar os gregos
à agricultura e cerca de 1,5 milhões admitem deixar as cidades, revela
uma sondagem encomendada pelo ministério da Agricultura.
Mais de 68 por cento das pessoas interrogadas no estudo do Instituto
Kapa Reserach e focado nas regiões de Atenas e Salónica – as duas
principais cidades do país – indicaram a hipótese de viverem na
província, enquanto 19,3 por cento já adotou iniciativas concretas
para essa mudança, refere o estudo hoje publicado nos media gregos.
Cerca de dois terços das pessoas que desejam mudar de vida estão na
universidade, e três quartos têm menos de 44 anos.
As suas preferências centram-se na cultura de oliveiras (51,5 por
cento dos interrogados), agricultura biológica (51,5), ou ainda a
cultura de plantas aromáticas e farmacêuticas (33,3 por cento).
Em paralelo, 50 por cento demonstrou interesse na produção de
caracóis, 33,3 por cento na apicultura e 16,7 por cento da criação de
gado caprino e ovino.
Os números denunciam "uma grande mudança na sociedade e no estilo de
vida gregos", cujo "impacto deve ser avaliado", considerou o ministro
da agricultura, Costas Skandalidis, após divulgar o estudo.
O desemprego na Grécia atinge mais de 20 por cento da população ativa,
e afeta 51,5 por cento dos jovens com menos de 24 anos.
Com perto de 11 milhões de habitantes, cerca de quatro milhões de
gregos vivem em Atenas ou na grande região da Ática, e perto de
800.000 em Salónica e arredores, consequência de um forte movimento de
êxodo rural que nos últimos 50 anos despovoou os campos.
O estudo abrangeu 1.286 pessoas em Atenas e Salónica.
Diário Digital com Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=565584
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