quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Governo reestrutura laboratórios do Estado e admite fechar serviços



4 de Fevereiro, 2014
A rede de laboratórios e estações de investigação experimental do Ministério da Agricultura e Mar vai ser reestruturada, anunciou hoje o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, acrescentando que alguns pólos poderão ser encerrados.
Nuno Vieira e Brito declarou, após uma audição na comissão de Agricultura e Mar, que o processo envolve "racionalização de recursos para que não haja uma contínua repetição das mesmas análises por todo o país", admitindo que "haverá pequenos pólos ou pequenas áreas que terão de ser repensadas e, eventualmente, encerradas".

Os laboratórios do Estado tutelados pelo Ministério da Agricultura e Mar, estão integrados no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e no Instituto Português do Mar a e da Atmosfera (IPMA) e prestam serviços ligados à investigação, saúde pública, segurança alimentar, sanidade animal e fitossanidade.

O objectivo da reestruturação, explicou o secretário de Estado, é fazer "uma investigação muito mais aplicada" e próxima da região onde se encontram os pólos e desenvolver parcerias com universidades, institutos politécnicos e empresas.

Nuno Vieira Brito adiantou que o número de análises tem vindo a ser reduzido, devido à melhoria da sanidade animal, e afirmou que as valências de alguns laboratórios, como Alcains, poderão ser transferidas para os centros de competências "ligados a áreas de interesse de cada região" que o Governo quer criar.

No caso de Alcains, exemplificou, o objectivo é criar um centro de competências ligado ao mel e à biodiversidade.

Na calha estão outros centros como o do tomate, que deve ser anunciado este mês, fruticultura, horticultura em estufa, leite, carne a agro-indústria que irão ser desenvolvidos "em função de parcerias".

"Pretendemos que cada região faça a sua definição neste sector", frisou o responsável do Governo.

Durante a audição, os deputados da oposição criticaram a estratégia que está a ser seguida para os laboratórios do Estado e lamentaram a retirada de serviços do interior do país.

Lusa/SOL

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