domingo, 30 de março de 2014

'Snifar' fruta ajuda a melhorar a sua dieta

20 de Março, 2014

Escolher entre um prato saudável e uma refeição cheia de calorias pode ser muito difícil – a batalha entre a força de vontade e a tentação acaba quase sempre por ser vencida pela última. No entanto, um estudo feito por psicólogos da Universidade de Borgonha, em Dijon, França, mostra que ‘snifar’ fruta pode ser a solução para este problema.
Segundo a investigação, cheirar uma peça de fruta antes de escolher o que vai comer faz com que o cérebro opte pela opção mais saudável, especialmente quando se trata de sobremesas.

Os psicólogos afirmam que a sua descoberta vem reforçar a ideia de que o cheiro influencia as nossas escolhas alimentares, já que os voluntários que participaram neste estudo não sabiam que estavam deliberadamente a ser expostos a estes odores.

A investigação, publicada no site Science Direct, teve como base a análise de 115 homens e mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 50 anos, que pensavam que iam fazer parte de um estudo onde seria observada a comunicação entre as pessoas enquanto comem.

Os voluntários foram divididos em dois grupos: Metade ficou na sala de espera que tinha sido, minutos antes, pulverizada com o cheiro de peras frescas, enquanto os restantes ficaram numa divisão sem qualquer odor.

Quinze minutos depois, os dois grupos foram levados para uma outra sala, onde tinham que escolher três refeições existentes num buffet ali apresentado. Para cada refeição havia um prato com frutas e vegetais e outro sem estes ingredientes – como entrada, as opções eram carnes frias ou cenouras gratinadas, para o prato principal, canelones ou salmão com risoto de vegetais, e à sobremesa podiam escolher entre um brownie de chocolate ou uma compota de maçã.

O cheiro a pêra não se revelou tão eficaz na escolha da entrada e do prato principal, mas houve uma grande diferença entre os dois grupos quando chegou a altura seleccionar uma sobremesa – três em cada quatro participantes que não foram expostos ao odor da pêra optaram pelo brownie, enquanto menos de metade dos que ‘snifaram’ aquele cheiro escolheram esta opção.

Os cientistas afirmam que estes resultados mostram que o nosso apetite pode ser condicionado por estímulos dos quais nem sequer nos apercebemos da sua existência.”A existência de processos implícitos na escolha do que comemos deve ser tida em consideração no delineamento de linhas condutoras e estratégias que visam promover uma alimentação saudável”, lê-se no estudo.

SOL

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