“Temos um ‘overbooking’ que nos dá as garantias de termos uma plena execução do dinheiro comunitário”, disse Assunção Cristas
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse hoje esperar que Portugal atinja a “plena execução” das ajudas comunitárias, sem devolver verbas a Bruxelas, e apelou aos agricultores para se candidatarem “o quanto antes” aos apoios europeus disponíveis.
“Temos um ‘overbooking’ que nos dá as garantias de termos uma plena execução do dinheiro comunitário”, disse, acrescentando, quando questionada sobre se Portugal vai ter de devolver verbas a Bruxelas: “De forma nenhuma”.
Segundo Assunção Cristas, um indicador desse aproveitamento de fundos comunitários é o Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), que está, atualmente, com “quase 80% de execução”.
“Estamos é com o desafio de rapidamente começarmos a utilizar os 500 milhões de euros que temos sem cofinanciamento nacional, o que nos dá muita folga para, já este ano e no próximo ano, termos uma boa execução de todas as verbas, do atual e do próximo quadro” comunitário de apoio, sublinhou.
A ministra da Agricultura falava aos jornalistas em Évora, onde quis alertar e motivar os agricultores para que apresentem rapidamente os seus pedidos às ajudas comunitárias que têm candidaturas a decorrer, até dia 30 deste mês.
A governante visitou várias salas de candidaturas a apoios europeus existentes naquela cidade alentejana, nomeadamente na Associação dos Jovens Agricultores do Sul (AJASUL) e na Associação Nacional dos Pequenos e Médios Agricultores (ANPEMA).
“As candidaturas terminam no prazo de um mês, dia 30 de abril, e estão a decorrer a bom ritmo, mas é bom que os agricultores se venham inscrever com tranquilidade, com tempo”, alertou.
Escusando-se a responder a outras perguntas dos jornalistas, não relacionadas com o atual período de candidaturas a apoios europeus ao nível agrícola, a ministra reforçou o apelo.
“Não vou fazer nenhum comentário hoje que não seja o apelo aos agricultores” para que “utilizem este tempo para fazerem a sua candidatura às verbas europeias do Regime de Pagamento Único (RPU)”, disse.
O RPU, segundo Assunção Cristas, envolve “uma verba muito significativa”, pois, são “cerca de 600 milhões de euros por ano que chegam aos bolsos dos agricultores”.
“E é muito importante que se venham inscrever porque tudo o que ficar inscrito neste ano também vai ser relevante para os próximos anos”, alertou, insistindo que os agricultores se devem candidatar “o quanto antes”.
A ministra afiançou ainda que, este ano, ao contrário do passado, o funcionamento da plataforma informática através da qual se efetuam as candidaturas registou “um progresso significativo”.
“Tem havido problemas informáticos ao longo dos últimos anos, muitas associações queixavam-se que o sistema ia abaixo. Este ano tenho ouvido elogios, o sistema está muito melhor e nós continuamos a trabalhar no melhoramento do sistema.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa
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