26-03-2012
A redução de consumo de vinho a nível mundial começou em 2007,
chegando ao seu nível mais baixo entre 2009 e 2010. Em 2011, o consumo
na União Europeia diminuiu cerca de um milhão de hectolitros.
As exportações comunitárias aumentaram a sua popularidade entre os
consumidores dos Estados Unidos e da China, que passaram a consumir
mais respectivamente 0,9 e 1,15 milhões de hectolitros em 2011, em
comparação a 2010. Esta é uma das conclusões da última nota de
tendências da Organização Internacional da Vinha e do Vinho.
A procura mundial de vinho em 2011 ultrapassou os 241 milhões de
hectolitros, o que represente um crescimento de 1,7 milhões em
comparação a 2010, mas muito moderadamente.
Na Europa, o consumidor italiano mostra uma diminuição significativa
da ordem doa 1,6 milhões de hectolitros, menos 6,3 por cento depois de
um crescimento de 0,5 milhões entre 2009 e 2010, apesar de uma subida
no consumo francês, de 1,0 milhões, após uma quebra expressiva entre
2009 e 2010, de 1,3 hectolitros.
O consumo alemão apresenta uma estabilidade e a Espanha, Reino Unido e
Portugal apresentam pequenas descidas em 2011, de menos 0,2; 0,4 e
menos 0,15 milhões de hectolitros, respectivamente.
Nos Estados Unidos, o segundo mercado mundial por volume, estima-se
que o consumo cresceu cerca de 0,9 milhões até um total de 28,5
milhões de hectolitros, enquanto no período de 2009 e 2010 assinalou
um crescimento de apenas 0,35 milhões.
Em relação à China, o consumo continua a aumentar, em especial tendo
em conta o rápido crescimento das importações, apesar das importantes
exportações do país. A procura aparente na China em 2011 aproximou-se
dos 17 milhões de hectolitros, reflectindo um aumento de 1,15 milhões
frente a 2010, enquanto na Argentina, África do Sul, Austrália, Chile
e Nova Zelândia o consumo interno em 2011 manteve-se semelhante aos
níveis do ano anterior.
A superfície total de vinhas a nível global, incluindo as áreas ainda
sem produção, diminuiu novamente em 2011 cerca de 94 milhões de
hectares em relação a 2010.
A maior área de vinha do mundo é na União Europeia (UE), com mais de
3.530 milhões de hectares, diminuindo cerca de menos 2,5 entre 2010 e
2011, uma redução mais marcada que a assinalada entre 2009 e 2010. As
três campanhas de arranque da UE deram lugar a uma quebra de 262
milhões de hectares de vinha entre 2008 e 2011, enquanto as vinhas de
países terceiros mantêm-se quase estáveis pelo terceiro ano
consecutivo.
Na Argentina, de acordo com especialistas, não houve redução real
entre 2011 e 2010, apesar de registar-se uma diminuição estatística
pela revisão da contabilidade a vinha, a qual foi compensada por um
crescimento das vinhas australianas, com mais quatro milhões de
hectares depois de uma descida de seis milhões entre 2009 e 2010,
sendo provável um crescimento contínuo na China, mas a um ritmo mais
moderado do que o assinalado na primeira década de 2000-2010, tal como
no Chile. Na Turquia e África do Sul as áreas cultivadas com vinhas
continuam a desaparecer.
A produção mundial de vinho em 2011 estima-se em 265,7 milhões de
hectolitros, o que representa um aumento de 0,6 milhões em comparação
ao ano anterior. Dentro da União Europeia, na Itália, a produção de
vinho reduziu cerca de sete milhões em relação a 2010, menos 14,3 por
cento, a produção portuguesa diminuiu menos 16,9 e a espanhola menos
1,2 por cento.
A França contrariou este cenário, com um crescimento da produção de
sumos e mosto de 3,9 milhões de hectolitros, mais 9,6 por cento,
enquanto na Alemanha e na Áustria a produção mantém-se nos níveis
normais.
Não continente americano, nos Estados Unidos registou-se em 2011 18,7
milhões de hectolitros de sumos e mostos e uma produção relativamente
pequena de vinho, 10,3 por cento mais baixa que em 2010.O Chile
alcançou um novo recorde de produção com 10,6 milhões de hectolitros e
a Argentina manteve uma importante produção de vinho apesar de uma
menor de sumo e mosto, com 15,5 milhões em 2011 frente a 16,3 milhões
de hectolitros em 2010.
Na África do Sul a produção de vinho cresceu até os 9,7 milhões de
hectolitros contra os 9,3 em 2010 e na Austrália continua a diminuir,
esforçando-se para ultrapassar os 11 milhões de hectolitros, enquanto
a Nova Zelândia registou uma colheita recorde de 2,35 milhões.
Fonte: Agrodigital
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43662.aspx
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