segunda-feira, 26 de março de 2012

Em tempos de seca Anpromis defende uma politica desassombrada para o Regadio e para as Culturas Regadas

ANPROMIS

"Sem Regadio não existe agricultura competitiva em Portugal"
A análise da situação de seca que assola Portugal foi um dos
principais temas abordados durante a Assembleia Geral da Anpromis que
reuniu no passado dia 20, terça-feira, em Lisboa. Em debate estiveram
também as medidas de apoio ao Regadio e o incremento da cultura de
milho em 2012.
A situação actual, que coloca cerca de 68% do território nacional em
situação de "seca severa", tem-se revelado extremamente preocupante
para os agricultores dado afectar, não só as culturas de
outono/inverno, como também, o cultivo das culturas de
primavera/verão, entre as quais o milho, em vastas áreas do nosso
território.

No entanto, apesar das adversidades do clima Luiz Vasconcellos e
Souza, Presidente da Anpromis, refere que «é importante não esquecer
que segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), e
contrariamente à ideia generalizada de que há escassez de água no
nosso país, estima-se que, anualmente, em Portugal sejam utilizados,
por todos os sectores, apenas 20% dos recursos totais disponíveis, de
águas superficiais e subterrâneas. Analisados os dados, acreditamos
que existe em Portugal condições para fazer das culturas de regadio um
eixo estratégico de desenvolvimento da nossa agricultura».
Apesar de reconhecer que as condições climatéricas actuais constituem
uma preocupação para muitos sectores - em especial os cereais de
outono/inverno e a agro-pecuária – as culturas de regadio acabam por
ser menos afectadas pela disponibilidade de reservas de água
existentes, sobre tudo em regadios colectivos. «Para a fileira do
milho a principal prioridade passa por um forte investimento do Estado
em infra-estruturas de regadio, sob pena que as secas dos próximos
anos, cuja frequência vai ser cada vez maior, inviabilizem a
agricultura em vastas áreas do nosso território, conduzindo ao
crescente abandono dessas áreas. Existe disponibilidade de água no
nosso país, resta-nos quem apoie o seu uso de uma forma eficiente»,
acrescenta.
No âmbito da Reforma da Política Agrícola Comum, agora em revisão, a
Anpromis defende que a Comissão Europeia deverá apoiar de forma
decidida os investimentos relacionados com o Regadio e com o Uso
Eficiente da Água, pois sem Regadio não é possível desenvolver uma
agricultura competitiva nos países do sul da Europa.
Tendo em conta a actual situação meteorológica que o país atravessa,
os produtores acreditam que o Regadio e as Culturas Regadas são
fundamentais para a competitividade da agricultura nacional e para a
sobrevivência do mundo rural português. Para tal é "imperioso o nosso
país defender de uma forma desassombrada, quer a nível interno quer a
nível da União Europeia, o Regadio e as Culturas Regadas". defende a
associação.
FONTE: MULTICOM

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