HOJE às 13:090
inSharePortugal exportou mais 25 por cento de azeite em 2011 do que no
ano anterior, disse à Lusa a secretária-geral da Casa do Azeite,
acrescentando que deve-se ter atingido os 80 por cento de
autoaprovisionamento.
"Com o recente investimento no setor, Portugal tem conseguido aumentar
significativamente a sua produção de azeite e o seu grau de
autoaprovisionamento, que hoje deverá rondar os 80 por cento", disse,
em entrevista por e-mail à Lusa, a secretária-geral da Casa do Azeite,
Mariana Matos.
Exatamente devido a esse aumento no campo das exportações, "a
autossuficiência em termos produtivos poderá estar um pouco mais
distante do que o que anteriormente se estimava", mantendo-se, porém,
a ideia de conseguir alcançar esse objetivo até ao final da década se
prosseguirem os atuais níveis de investimento, meta também já
equacionada pelo Governo.
No começo do ano, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo
Albuquerque, considerou que Portugal está no caminho da
autossuficiência na produção de azeite, com o país a produzir 72 por
cento do que consome.
Houve, nos últimos anos, uma evolução que a dirigente da associação
patronal considera "muito significativa" em termos tecnológicos, com a
existência de menos lagares, mas com "maior dimensão e tecnologia de
ponta", colocando o país nos mais altos níveis da produção mundial.
Assim, segundo Mariana Matos, "do ponto de vista da produção e
transformação, o setor está dinâmico, pese embora o preço na origem
estar extremamente baixo, colocando sérios problemas de viabilidade
económica, essencialmente aos olivais tradicionais. O consumo em
Portugal, apesar de ter crescido ligeiramente nos últimos anos,
encontra-se a um nível que é cerca de metade do consumo 'per capita'
em Espanha ou Itália, por exemplo".
A secretária-geral da Casa do Azeite classifica o cariz exportador do
setor como "a joia da coroa", salientando um crescimento de 25 por
cento em 2011 face ao ano anterior, quando se exportaram 46.460
toneladas, um aumento para três vezes mais que em 2006, sobretudo no
domínio dos "azeites de maior qualidade e valor acrescentado".
O setor do azeite vale, segundo números da associação, 300 milhões de
euros, com perspetivas de crescimento para os próximos anos, "a não
ser que se verifiquem condições extremamente adversas (por exemplo, a
persistência de seca extrema nas principais zonas produtoras)".
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=564954
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