quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Cortiça investe em nove mercados para aumentar exportações


Campanha Intercork II quer reforçar vocação exportadora do sector.
Margarida Cardoso
14:50 Terça feira, 25 de fevereiro de 2014
A indústria portuguesa de cortiça vai investir 7,3 milhões de euros até ao final do ano. A indústria portuguesa de cortiça vai investir 7,3 milhões de euros até ao final do ano.

A indústria portuguesa de cortiça vai investir 7,3 milhões de euros até ao final do ano numa campanha de comunicação que quer ajudar o sector a passar a barreira dos mil milhões de euros nas exportações nos próximos anos.

A campanha Intercork II, concentrada em 9 mercados (EUA, China, Alemanha, Brasil, Itália, França, Canadá, Suécia e Dinamarca), tem como alvo principal as rolhas e os materiais de construção e terá nas redes sociais um dos seus principais motores.

Para dar continuidade ao trabalho de comunicação desenvolvido pelo sector nos últimos anos, a campanha, financiada em 80% pelo programa Compete, ainda não garantiu a fatia de 20% relativa ao financiamento privado, "mas está no bom caminho para o conseguir", referiu João Rui Ferreira, presidente da APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça, na apresentação pública da campanha.

Líder mundial no sector da cortiça, Portugal tem 8 mil postos de trabalho neste sector e exporta 95% da produção para 100 países.

Investir 500 milhões

Depois de 3 anos com taxas médias de crescimento anual de 7%,  as exportações do sector estabilizaram, em 2013, nos 835 milhões de euros, no nível que registavam antes da crise de 2008. No comentário a este resultado, João Rui Ferreira referiu a desvalorização do dólar, a quebra no sector da construção e o facto da colheita vinícola de 2012 ter sido a mais baixa do milénio.

"Por cada euro exportado, a fileira incorpora 16 centimos de importação", disse o presidente da APCOR, sublinhando que o sector investiu 500 milhões nos últimos anos ao nível da qualidade, inovação e desenvolvimento de novas aplicações.

Olhando para o futuro, o presidente da APCOR diz que 2014 será "um ano decisivo, para olhar atentamente a valorização do produto. "Depois de estabilizar a quota de mercado, é hora de crescer pelo valor", defendeu.

Os resultados obtidos na indústria da cortiça mereceram a atenção do ministro da Economia, Pires de Lima, que não poupou elogios " a forma admiravel como o sector tem feito a reinvenção do negócio" e considerou a fileira "um bom exemplo de como um sector tradicional pode contribuir para acrescentar valor à economia nacional".

 


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