Universidade de Lisboa distingue João Lobo Antunes
A Universidade de Lisboa celebra hoje a abertura do ano académico com uma cerimónia em que o neurocirurgião João Lobo Antunes recebe o prémio da instituição e o anterior reitor Sampaio da Nóvoa as insígnias de honra.
A instituição que resultou da fusão da Clássica com a Técnica tem hoje cerca de 50.000 alunos em todos os ciclos, da licenciatura ao doutoramento, disse à agência o reitor, António Cruz Serra, para quem a transição decorre de forma tranquila, «apesar dos muitos problemas no terreno e dos regulamentos que é preciso harmonizar».
Hoje assinala-se a primeira "Aula Magna" da nova universidade de Lisboa, cujo processo de fusão foi concretizado pelo atual reitor, António Cruz Serra, e pelo anterior, António Sampaio da Nóvoa, que agora vai receber as insígnias de honra.
Cruz Serra considera que o processo de concretização da fusão foi «muito tranquilo», devido ao empenhamento da comunidade académica.
«Todos compreendem a importância da fusão para as diferentes escolas, para a universidade e até para o país», declarou.
De acordo com Cruz Serra, o primeiro sinal de reconhecimento da universidade - conseguido com a escala da fusão - foi o segundo lugar num ranking ibero-americano divulgado este mês, que avalia a produção científica das universidades (Scimago).
«Teremos um resultado que nunca podia ser ambicionado pelas anteriores universidades», defendeu, sublinhando também a participação da universidade em consórcios europeus.
João Lobo Antunes vai receber o prémio Universidade de Lisboa, no valor de 25.000 euros, que distingue anualmente uma individualidade portuguesa ou estrangeira e cujos trabalhos tenham contribuído o progresso da ciência ou da cultura e para a projeção internacional do país.
Em 2006, este prémio foi atribuído a Odete Santos Ferreira (coordenadora da Comissão Nacional de Luta contra a Sida), cuja obra contribuiu para a descoberta do VIH-2.
António Coutinho (diretor do Instituto Gulbenkian de Ciência), Filipe Duarte Santos (climatologista), Jorge Gaspar (geógrafo), Jorge Miranda (constitucionalista), Eduardo Lourenço (filósofo) receberam o prémio nos anos seguintes.
Diário Digital com Lusa
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