domingo, 25 de março de 2012

CLIMATE-ADAPT: novo instrumento para a formulação de políticas de adaptação às alterações climáticas

Sábado, 24 Março 2012 16:31 | | |
A Plataforma Europeia para a Adaptação Climática (CLIMATE-ADAPT), um
instrumento interativo com base na Web relativo à adaptação às
alterações climáticas, entra hojeem linha na Agência Europeia do
Ambiente (AEA), em Copenhaga. Connie Hedegaard, Comissária europeia
responsável pelas ações relativas ao clima, participará no lançamento,
juntamente com Ida Auken, Ministra dinamarquesa do Ambiente, e com a
Diretora Executivada AEA, Jacqueline McGlade.
A Plataforma Europeia para a Adaptação Climática, disponível ao
público através da Web (http://climate-adapt.eea.europa.eu),destina-se
a apoiar os decisores políticos aos níveis local, regional, nacional e
da UE na elaboração de medidas e políticas de adaptação às alterações
climáticas. Adaptação significa antecipar os efeitos adversos das
alterações climáticas e tomar as medidasadequadas para impedir ou
minimizar os danos que estas podem causar.

A CLIMATE-ADAPT, desenvolvida com o apoio da comunidade científica e
responsável pela elaboração de políticas na Europa, ajudará os
utilizadores a obter, divulgar eintegrar informações sobre:
Previsão de alterações climáticas na Europa
Vulnerabilidade de regiões, países e setores, atual e futuramente
Dados sobre atividades e estratégias de adaptação nacionais, regionais
e transnacionais
Casos paradigmáticos de adaptação e potenciais opções futuras de adaptação
Instrumentos em linha para apoiar o planeamento da adaptação
Projetos de investigação, documentos de orientação, relatórios, fontes
de informação, ligações, notícias e eventos, relacionados com a
adaptação.
Connie Hedegaard declarou: «Este pode vir a ser um instrumento
extraordinário para ajudar os decisores na escolha das melhores
soluções em benefício dos cidadãos.Não partilhamos como deveríamos as
melhores práticas nem as informações sobre o que não fazer. Este novo
instrumento interativo tornará os esforços muito mais eficientes.»
Os impactos das alterações climáticas suscitam ameaças sociais,
ambientais e económicas consideráveis, quer para a Europa quer para a
comunidade mundial. Fenómenosmeteorológicos mais frequentes e extremos
– chuvas e inundações, ondas de calor e secas, escassez de neve,
aumento das temperaturas e subida dos níveis do mar – vão afetar cada
vez mais as condições de vida, a produção de alimentos, o
aprovisionamento energético,as infraestruturas, os ecossistemas: a
sociedade no seu todo. A organização Munich Re calcula que o quente
verão de 2003 tenha causado perdas no valor de 10 mil milhões de euros
na agricultura, na criação de gado e na silvicultura da UE, devido ao
efeito combinadoda seca, do calor e dos incêndios.
O estudo PESETA, do Centro Comum de Investigação da UE, calculou que,
sem adaptação às alterações climáticas, se o clima previsto para a
década de 2080 ocorresse hoje,os danos anuais para a economia da União
cifrar-se-iam entre 20 e 65 mil milhões de euros. Tais riscos exigem
que tomemos desde já medidas para assegurar que a nossa sociedade
conseguirá adaptar-se às consequências das alterações climáticas,
moderando os seusefeitos negativos e aproveitando oportunidades
benéficas. As provas das vantagens económicas da adaptação
acumulam-se: o prejuízo económico anual para a UE devido (só) a
inundações, hoje cerca de 6,4 mil milhões de euros, deverá aumentar
várias vezes até 2050,de acordo com o projeto ClimateCost, do 7.º PQ.
As medidas de adaptação poderão evitar tais danos a um custo que seria
apenas uma pequena fração do previsto.
A tomada das decisões necessárias sobre os melhores métodos de
adaptação implica o acesso a dados fiáveis sobre o impacto provável
das alterações climáticas, os aspetossocioeconómicos associados e os
custos e benefícios de diversas opções de adaptação. O Livro Branco
sobre a adaptação, publicado pela Comissão em 2009, sublinhou que a
falta de conhecimentos é um obstáculo de peso contra o desenvolvimento
de respostas positivasde adaptação às alterações climáticas.
Próximas etapas
A CLIMATE-ADAPT funcionará na Agência Europeia do Ambiente, em
Copenhaga, e será por ela gerida. Apoiará a geração da base de
conhecimentos necessária para a elaboraçãode políticas de adaptação
com fundamento em dados concretos. O seu contributo alimentará o
desenvolvimento de uma estratégia global da UE para a adaptação, que a
Comissão tenciona adotar em princípios de 2013, com o objetivo de
apoiar as necessidades dos Estados-Membros,das organizações
transnacionais e das partes interessadas a nível local, mediante ações
adequadas à escala da União Europeia.
http://www.gazetarural.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1294%3Aclimate-adapt-novo-instrumento-para-a-formulacao-de-politicas-de-adaptacao-as-alteracoes-climaticas&catid=47%3Aambiente-e-alteracoes-climaticas&Itemid=18

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