sexta-feira, 1 de junho de 2012

O vinho, o azeite e o Alentejo

O Esporão investiu três milhões de euros no enoturismo e no que é nosso
Inês Rapazote (texto)
0:00 Sexta feira, 1 de Junho de 2012
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Quando decidiram lançar o turismo à volta do vinho, no final da década
de 90, discutiam quantos visitantes teriam. O conceito era
relativamente novo em Portugal, e completamente inexistente no
Alentejo. Optimistas, apontaram, para cinco mil visitas/ano à Herdade
do Esporão, em Reguengos de Monsaraz. Treze anos depois, eram mais de
25 mil as pessoas que queriam ver as terras conde crescia a uva, a
extensão da vinha, o sossego das caves, sentar-se à mesa e comer um
bom prato português feito com azeite Esporão, acompanhado de vinho
também Esporão (literalmente "da casa") e vista para o Alentejo.

Com as expectativas superadas e boas perspetivas no mercado externo
(entre 2006 e 2011, as exportações passaram de 26% para 50%), a
Herdade viu-se obrigada a arriscar e a passar para a fase seguinte do
negócio: a expansão. As obras começaram em plena crise. Investiram
três milhões de euros num espaço novo e toda uma nova conceção de
oferta, capaz de chegar a todo o tipo de públicos. Agora, além do
restaurante (que mudou de sítio para ser mais amplo, ter mais vista e
espaço exterior), há também um wine bar (onde se fazem as provas de
vinho e azeite e se provam petiscos feitos com produtos da horta nova
ali mesmo ao lado) e um espaço polivalente para festas, apresentações
de empresas e o que mais se imaginar. A loja também cresceu.

No exterior, há muitos programas, que podem ser consultados em www.
esporao.com. Por exemplo, passeios a pé, de bicicleta, observação de
aves, pic-nics, visitas ao complexo arqueológico, cursos e atividades
na barragem do Alqueva... Programas para miúdos e graúdos, para
famílias e empresas, portugueses ou estrangeiros (que esperam cheguem
aos 35 mil ao ano), para descobrir o território e a biodiversidade
local, sempre com o vinho, o azeite e o Alentejo como pano de fundo. E
tudo desde as mantas de Reguengos aos produtos do restaurante, o
design dos móveis, os materiais, as fardas, a exposição de quadros
made in Portugal.

Porque, como referiu João Roquette, o filho de José Roquette que está
à frente do Enoturismo da Herdade, "gostamos e acreditamos em Portugal
e na nossa cultura".

Se falta alguma coisa na Herdade? Falta. Alojamento. Mas essa é outra
conversa... e, quem sabe, daqui a nada, haverá novidades sobre o
assunto.

http://visao.sapo.pt/o-vinho-o-azeite-e-o-alentejo=f667046

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