A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) alerta para
a urgência na resolução da questão que envolve o centro de secagem de
Alcácer do Sal e sua possível cedência a "uma sociedade de grandes
agricultores", demonstrando a intenção de abertura na eventual
partilha deste equipamento pelas duas associações, de forma a não
prejudicar os pequenos agricultores que precisam de usar o equipamento
a partir de setembro e podem ver o futuro incerto. Avelino Antunes,
assessor da AADS, faz alusão à reunião que ocorreu com o secretário
geral da Agricultura, onde "este defendeu a manutenção do status quo
durante este ano, que consiste na partilha do centro de secagem de
Alcácer do Sal pela Aparroz e pela AADS".
"Os agricultores vão precisar de usar os secadores já em setembro para
laboral", afirma Avelino Antunes, que critica a cedência do centro de
secagem de Alcácer do Sal à Aparroz nas mesmas condições que a
Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal usufrui do
equipamento. "Atualmente existem duas linhas no centro de secagem
alcacerense, uma utilizada pela Aparroz e outra pela AADS e se a
utilização plena for entregue à primeira associação", Avelino Antunes
teme pelas "dificuldades imensas que os pequenos e médios agricultores
que não possuem o equipamento vão enfrentar".
Ao explicar que a utilização dos secadores de Alcácer do Sal é paga
pelos pequenos e médios agricultores consoante o volume de produção a
um preço acessível "aos bolsos de quem não tem condições financeiras
para ter os próprios equipamentos", o assessor da AADS não entende que
a alternativa centrada no centro de secagem de Águas de Moura seja
"suficiente para atender aos mais de cem agricultores que necessitam
do equipamento". "É necessário respeitar as dificuldades dos muitos
trabalhadores agrícolas que precisam dos centros de secagem para
exercer a sua atividade", complementa Avelino Antunes.
Rogério Matos - 18-07-2012 12:58
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