quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mais "fiscalização" e "regulação" nas grandes superfícies

18-07-2012



Fonte: ANIL/Lusa

O líder nacional do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu mais
"fiscalização" e "regulação" junto das grandes superfícies comerciais,
que acusou de estarem a "arruinar" o pequeno comércio tradicional. O
dirigente comunista, que falava aos jornalistas na Horta, no âmbito de
uma visita que efetuou aos Açores, lembrou que os hipermercados
funcionam, em relação ao pequeno comércio, como um "eucalipto", ou
seja, "tudo o que está à volta, seca!"


Jerónimo de Sousa, que ouviu várias críticas dos lojistas do mercado
municipal face à pressão dos hipermercados, lembrou que o comércio
tradicional não tem capacidade para acompanhar as grandes superfícies,
nem em relação às quantidades de produção que adquirem, nem em relação
aos preços e aos horários praticados.

No seu entender, o Estado deve ter uma "intervenção mais activa",
adoptando mais "medidas de fiscalização" e de "regulação", que
permitam "impedir estas injustiças" e, ao mesmo tempo, "respeitar os
direitos dos pequenos comerciantes". "Depois não nos admiramos de ver
a Jerónimo Martins com milhões de euros de lucro e o pequeno comércio
a ser arruinado", advertiu Jerónimo de Sousa, para quem esta é uma
"contradição inaceitável".

O líder nacional do PCP lembrou que tem havido "milhares de falências"
no comércio tradicional em todo o país, mas ressalvou que, "o
contrário do que muita gente pensa", o emprego criado nas grandes
superfícies "está longe de colmatar" o desemprego no pequeno comércio.

Jerónimo de Sousa lamentou também o aumento de "mais de 40%" registado
do desemprego nos Açores nos últimos meses, recordando que, ainda o
ano passado, o arquipélago era das regiões do país com menos
desemprego, algo que considerou ter sido um 'ex-libris' que se perdeu.
"É impressionante virmos aqui aos Açores e sabermos que há 12 mil
jovens com menos de 35 anos, que hoje estão desempregados, muitos
deles sem subsídio de desemprego", sublinhou o dirigente comunista.

Para o líder nacional do PCP, os problemas que hoje se vivem nos
Açores não são, afinal, muito diferentes do que existem em
Trás-os-Montes ou mesmo na área metropolitana de Lisboa. Na sua
opinião, é necessário potenciar as capacidades de cada região e, no
caso concreto dos Açores, a agricultura, a indústria agro-alimentar e
também, o turismo, apesar da sua sazonalidade. Para o PCP, a situação
que hoje se vive nos Açores e em todo o país "é uma demonstração
cabal" de que a realidade "não corresponde" às potencialidades que
existem.

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44338.aspx

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