OPINIÃO
José Martino
Está em mudança acelerada o meio agrícola que era demasiado fechado,
em que os poucos agricultores mais novos eram na sua maioria filhos
dos agricultores mais velhos, porque neste momento estão-se a instalar
um elevado número de jovens agricultores, à média mensal de 200
jovens, 2400 por ano e creio que o número duplicará em 2013 se
mantiverem as ajudas à instalação de jovens agricultores até final
desse ano. Este fenómeno está a criar ruturas, a mudar o status quo e
a atrair para a agricultura pessoas doutros quadrantes com novas
ideias e filosofias. Estamos a viver o inicio de uma revolução
agrícola e rural, a qual será efetiva se não houver falhas orçamentais
nas ajudas para instalar os jovens agricultores.
O que é necessário acautelar para garantir uma taxa de sucesso elevado
na atividade dos jovens agricultores?
Na minha opinião, o acesso a financiamento bancário com custos e
prazos compativeis com a actividade agrícola a desenvolver, que sejam
pagos por ela.
Os apoios públicos são "apoios", ajudam a entrar na atividade e
alavancar os investimentos, são muito importantes e determinantes, mas
não conseguem suprir todas as necessidades de capital. Neste ponto o
governo através da CGD tem que criar uma linha de crédito para apoio à
tesouraria dos jovens agricultores instalados à menos de 5 anos, com
acesso menos rigido que nas condições bancárias usuais, sem apoios
públicos em bonificações para não haver impedimentos por parte da
Comissão Europeia ou com bonificação dentro das regras dos apoios
minimis, pois os jovens têm vontade de arriscar, trabalhar, assumir
riscos e vencer na vida, meios necessários para mover montanhas, mas
infelizmente sem os meios financeiros adequados, muitos deles irão
fracassar, prevejo que sem este apoio bancário, uma taxa superior a
50%, mesmo que tenham perfil e vocação para empresários.
http://josemartino.blogspot.pt/2012/07/linha-de-credito-cgd-para-jovens.html
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