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Cerca de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas
anualmente, tendo um impacto directo na biodiversidade e abate de
árvores.
Segundo dados da FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura, os cultivos não consumidos geram a perda de 250 km3
de água, o que corresponde ao volume anual do segundo maior rio
brasileiro, o Paraná, que corre por mais de 3.500 quilómetros até à
Argentina.
Esses alimentos também ocupam o espaço de quase 30% das terras
destinadas para a agricultura (1,4 mil milhões de hectares), causando
a emissão de aproximadamente 3,3 mil milhões de toneladas de carbono
por ano.
A ONG Banco de Alimentos afirma que 20% das perdas ocorrem,
geralmente, durante a preparação dos alimentos, já que não há o hábito
de aproveitar as cascas e os talos. Além disso, segundo dados do
governo, a transformação de paisagem em pastagem e grandes plantações
de soja são os principais causadores do abate na Amazónia Legal.
Para evitar o desperdício no Dia da Alimentação, celebrado esta
quarta-feira (16), a FAO divulgou um relatório que traz algumas dicas
de consumo, tais quais: planear as refeições em casa para não comprar
mais do que é necessário, consumir primeiro os alimentos mais antigos,
congelar aqueles que não serão consumidos logo, além de levar as
sobras das refeições dos restaurantes.
«As cascas dos alimentos, por exemplo, podem ser utilizadas noutros
pratos, como e doces, como é o caso da casca de banana. Por outro
lado, as folhas de legumes, como da beterraba, podem ser utilizadas
para incrementar saladas», explica o chef Celso Freire, curador do
Gastronomia Responsável.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=662411
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