Publicado às 00.39
foto PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS
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A maior parte do sumo de laranja consumido na União Europeia é
fabricada no Brasil por trabalhadores em condições de exploração e
abusos, afirmaram, na segunda-feira, membros de organizações
não-governamentais a deputados do Parlamento Europeu.
Entre os presentes na delegação estava Marcio Bortolucci, advogado que
representa mais de 500 trabalhadores brasileiros das plantações
afetadas, e Cicera Couto, apresentada como uma das vítimas e que
sofreu danos na coluna.
As empresas Cutrale, Citrosuco, Citrovita e Louis Dreyfus, que
controlam 85% da produção mundial de sumo de laranja, combinam os
preços entre elas e favorecem uma exploração do trabalho que infringe
os padrões europeus, afirmaram os representantes das ONG, citados pela
agência Efe.
Os denunciantes referiram especificamente quatro distribuidores
alemães, já que 80% dos sumos consumidos no país são produzidos no
Brasil: Lidl e Aldi, também existentes em Portugal, e Edeka e Rewe.
O objetivo das organizações na visita a Bruxelas é consciencializar os
consumidores europeus sobre as condições de produção dos sumos que
bebem.
AS ONG pedem que os políticos criem uma regulação para combater a
exploração e investiguem o suposto cartel no Brasil, além de sugerirem
a nomeação de um defensor público para fiscalizar os abusos.
Os representantes das ONG afirmaram que os deputados se comprometeram
a analisar a situação, segundo a Efe.
O grupo reúne-se esta terça-feira, em Bruxelas, com a eurodeputada
socialista portuguesa Ana Gomes, com a também portuguesa Maria do Céu
Patrão Neves, e com o maltês David Casa e o irlandês Guy Mittchell, os
três do Partido Popular Europeu.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3476559&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&page=-1
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