18 de Outubro de 2013 por Hipersuper
O Fórum "Inovação Alimentar ao serviço do Consumidor" reuniu, no Dia
Mundial da Alimentação, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa,
intervenientes da produção, transformação e distribuição alimentar em
Portugal e ainda investigadores do sector agro-alimentar.
O evento, promovido pela Secretaria de Estado da Alimentação e da
Investigação Agro-alimentar, a Associação Portuguesa de Empresas de
Distribuição, a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares
e a INOVISA, permitiu debater diversas abordagens sobre a importância
da inovação alimentar na resposta às exigências do consumidor.
O Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar,
Nuno Vieira e Brito, destacou a "necessidade de colocar a investigação
ao serviço daquilo que a indústria e o consumidor necessitam", assim
como a "premência de incorporar valor à capacidade de investigação e
inovação".
Rui de Carvalho, vice-presidente da APED – Associação Portuguesa de
Empresas e Distribuição, sublinhou, por sua vez, que na área de
Investigação & Desenvolvimento tem particular destaque as marcas da
distribuição, "as marcas são veículos, princípios, valores, que
oferecem garantias, e estabelecem um compromisso com o consumidor. As
marcas da distribuição são isto tudo. Funcionam como todas as outras
marcas. Colocam-se à disposição do consumidor. E o consumidor
escolhe", disse.
Realçou os investimentos das empresas da distribuição na garantia da
segurança dos seus produtos que, além das exigências legais, passam
pelos diversos esquemas de certificação de natureza voluntária, que se
estendem da produção ao momento da venda ao consumidor, por formação
específica e certificada e por milhares de análises laboratoriais.
Reforçou ser da maior conveniência de todos convergir para a
uniformização de critérios e padrões de qualidade que vigorem não só
em Portugal, mas em todo o espaço europeu.
Por seu lado, Jorge Henriques, presidente da FIPA – Federação das
Indústrias Portuguesas Agro-alimentares, disse ser prioritário
consolidar o triângulo operacional que envolve a dinâmica entre o
sistema de ensino, a investigação e as empresas. Centrou a sua
intervenção na evidência do papel da indústria transformadora como
agente central dos processos de inovação e da procura das melhores
respostas às expectativas do consumidor, abordando a importância de
se criarem dinâmicas de fileira e de se estabelecerem boas pontes
entre os agentes de I&D e os agentes económicos, numa perspectiva do
reforço da investigação aplicada. Ideia sublinhada por Luís Mira da
Silva, presidente da INOVISA, que recordou os objectivos do programa
"Horizonte 2020", em que a inovação e o sector agro-alimentar aparecem
como apostas reforçadas da Europa para os próximos anos.
http://www.hipersuper.pt/2013/10/18/investigacao-agro-alimentar-deve-estar-ao-servico-da-industria-e-do-consumidor/
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