(com VÍDEO)
Publicado em 17 de Outubro de 2013.
Em tempos não muito distantes – três décadas –, Portugal era o segundo
maior exportador de resina do mundo, com cerca de 140 mil toneladas.
No entanto, a concorrência chinesa e brasileira, que fez baixar o
preço, e o abandono, no nosso País, do sector primário, quase acabaram
com o sector.
Hoje, Portugal é o segundo maior importador de resina, uma situação
caricata mas que muitos querem agora mudar. A gritante falta de
emprego no interior português levou a que muitos encontrassem na
extracção de resina uma oportunidade. O Economia Verde que hoje aqui
lhe trazemos, que reflecte a realidade de Trás-os-Montes, é um desses
exemplos.
Paula Pinto, que sempre se dedicou à agricultura, explicou ao Economia
Verde que há anos procurava um trabalho fixo. Agora, como resineira,
conseguiu finalmente o seu objectivo. E para além de criar emprego
numa região com 17,2%, a resinagem valoriza a floresta.
"As pessoas começam a sentir a floresta como um bem de lazer e
qualidade do ar, mas também com um interesse económico, um sustento e
rendimento", explicou ao Economia Verde Duarte Marques, presidente da
Aguiar Floresta.
Um pinheiro médio pode produzir cerca de quatro quilos de resina por
ano, que depois é vendida a 90 cêntimos por quilo. Depois, ela servirá
para produzir colas, vernizes, pastilhas, gomas, elásticos, perfumes
ou cremes. A sua grande concorrência são os derivados de petróleo, uma
opção altamente insustentável.
http://greensavers.sapo.pt/2013/10/17/regresso-da-industria-da-resina-cria-empregos-e-valoriza-floresta-em-tras-os-montes-com-video/
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