AGUIAR BRANCO
por Lusa, texto publicado por Isaltina Padrão14 outubro 20135 comentários
O ministro da Defesa defendeu hoje que há indústria tecnológica na
área da defesa e segurança capaz de desenvolver a economia, numa
visita à única empresa do país que exporta sistemas de vigilância e
deteção aéreas.
Ao ver pequenas aeronaves não tripuladas equipadas para
videovigilância e detenção de alvos a operar no ar, José Pedro
Aguiar-Branco afirmou que "há uma capacidade de afirmação da
engenharia, da tecnologia e da capacidade de inovação portuguesas, que
permite ter uma capacidade exportadora maior, uma capacidade de
produção maior e, por via disso, ajudar a economia".
Os sistemas de vigilância e deteção aéreos são já utilizados para
segurança de pessoas e bens, como por exemplo plataformas petrolíferas
e linhas elétricas de alta tensão, no controlo de trânsito e de
acidentes, na monitorização de incêndios ou catástrofes naturais, na
agricultura quando existem sistemas de gestão autónoma de regas ou
adubos, a partir da referenciação geográfica dos solos e do clima, e
na monitorização da qualidade da água e da ondulação, nas praias.
Mas, pode vir a ter "muitas competências" na busca e salvamento e nas
áreas da segurança e da defesa, comprovou o ministro da tutela, que
adiantou que as Forças Armadas vão colaborar com a Uavision com o
intuito de lhes fornecer conhecimento para aprofundar novas funções
técnicas dos equipamentos, a partir da experiência de terrenos em
missões.
A tecnologia opera com uma autonomia de 40 minutos e com um alcance de
cinco quilómetros, podendo ser controlada de modo remoto.
"A principal vantagem desta aeronave é aterrar e levantar de qualquer
sítio. É uma aeronave muito versátil, não necessita de uma pista",
explicou o sócio-gerente da empresa, Nuno Simões.
"A sua principal função é ter alguns olhos no ar que permitam às
Forças Armadas observar o território circundante e, em função disso,
no setor da Defesa ter operações de uma forma muito mais facilitada,
muito perto do que está a acontecer no terreno", acrescentou.
A deslocação de Aguiar-Branco insere-se num conjunto de visitas a
empresas e indústrias de base tecnológica e industrial para a Defesa,
com o objetivo de conhecer os projetos em curso e contribuir para a
divulgação do setor industrial existente em Portugal.
A empresa, única do país a produzir e comercializar aquela tecnologia,
exporta já 60% da sua produção para Angola, Alemanha, Qatar e Suécia e
fatura por ano um milhão de euros.
A Uavision foi criada em 2005 e emprega 14 trabalhadores.
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3475727&page=-1
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