No âmbito do Seminário "Alto Minho: Desafio 2020" que reuniu hoje
várias entidades em Vila Nova de Cerveira para discutir a
competitividade da região, o Presidente do Centro PINUS (associação
para a valorização da floresta de pinho), João Gonçalves, alertou para
o elevado potencial dos recursos florestais e para as consequências do
seu desaproveitamento, em particular da floresta de pinho.
Segundo João Gonçalves, "há grandes áreas florestais desaproveitadas,
que comprometem a performance da indústria da fileira florestal, uma
das que mais contribui para o Valor Acrescentado Bruto Nacional".
Nos últimos cinco anos a falta de matéria-prima sentida não só no Alto
Minho, mas um pouco por todo o país fez com que a necessidade de
importação da indústria dos painéis e papel da fileira do pinho
passasse de 2,8 para 28,9%, fazendo com que a excelente performance
destas indústrias, especialmente importante no actual contexto
económico, acabe por ter um impacto positivo menor na balança
comercial.
Considerando urgente reverter este cenário, o Centro PINUS tem
defendido uma intervenção imediata por parte do Estado nas áreas de
floresta de pinho de regeneração natural sob sua gestão, aproveitando
uma riqueza que a natureza oferece.
O pinheiro bravo tem a característica de regenerar facilmente por
semente após a passagem de um incêndio ou corte final, o que permite,
um enorme potencial produtivo com um investimento muito inferior ao de
uma nova plantação. Actualmente Portugal dispõe de uma área
considerável de floresta de pinho em regeneração natural, na sequência
de cortes finais ou incêndios, designadamente os grandes incêndios de
2003 e 2005. De acordo com os dados do último Inventário Florestal
Nacional (IFN 05/06), a área de regeneração natural poderá ascender a
150 000 há.
O Presidente do Centro PINUS sublinhou o forte impacto que a gestão da
regeneração natural pode ter na prevenção de incêndios o que considera
crucial "tendo em conta que segundo o Resumo Estatístico de dados de
Incêndios Florestais, da Autoridade Florestal Nacional, só no distrito
de Viana do Castelo arderam entre 1 de Janeiro e 15 de Março deste ano
2.129 hectares".
fonte: qiportodeideias
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