Na primeira reunião do grupo de alto nível do vinho sobre os direitos
de plantação, o Copa-Cogeca defende os mesmos, quer para vinho ou para
os mesmos certificados da União Europeia.
A organização salienta que o sector vitivinícola da União Europeia
(UE) até agora tem sido bem sucedido, referindo que os direitos de
plantação são a chave para este sucesso, acrescentando que a Comissão
Europeia deve divulgar propostas legislativas concretas, uma vez que o
trabalho do grupo de alto nível é concluído em Novembro,
O Secretário-Geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, insistiu que «o
sector do vinho é uma área onde o comércio agro-alimentar da União
Europeia se destaca nos países não comunitários, com as exportações a
atingirem os 6,7 mil milhões de euros em 2010, ou seja, cerca de um
quarto das exportações europeias de produtos agrícolas».
Do ponto de vista económico, a produção europeia desempenha um papel
estratégico e é também uma importante fonte de emprego em muitas zonas
rurais da UE, cujo modelo de produção tem ajudado a preservar o meio
ambiente, o território e respondido às preocupações sociais,
permitindo ainda aos agricultores e suas cooperativas a adicionar
valor aos seus produtos e acrescentar o mesmo ao sector agrícola.
Por seu lado, o presidente do grupo de trabalho do vinho, Thierry
Coste, afirmou que o impacto do fim dos direitos de plantação para o
sector vitivinícola da UE era uma preocupação do Copa. A liberalização
dos direitos de plantação poderia causar grandes mudanças nas regiões
vitícolas da Europa e também aumentar os desequilíbrios existentes na
cadeia alimentar, em detrimento do sector produtivo. O sistema de
direitos de plantação ajuda a acompanhar o mercado vitivinícola da UE
e a produção de vinho com um aumento regular na área de vinha, bem
como garantir a qualidade do vinho produzido na União Europeia».
Por esta razão, a organização insta a Comissão Europeia a apresentar,
o mais breve possível, uma proposta para a manutenção dos direitos, em
vez de eliminá-las, para permitir aos produtores avançarem com os
investimentos necessários.
Os deputados já solicitaram a manutenção dos direitos de plantação
após 2015, na votação do relatório sobre o futuro da política agrícola
comum (PAC), com 16 Estados-membros, nomeadamente, França, Finlândia,
Alemanha, Itália, Chipre, Luxemburgo, Áustria, Hungria, Portugal,
Roménia, República Checa, Grécia, Espanha, Eslováquia, Eslovénia e
Bulgária, a tomarem uma posição desfavorável no que diz respeito ao
fim dos direitos, reforçando também uma posição contra os planos para
eliminá-los depois de 2015
Fonte: Copa-Cogeca
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