O ministro da Agricultura dinamarquês destacou a necessidade dos
agricultores da União Europeia para poderem competir no mercado,
sublinhando que o aumento de burocracia representa uma ameaça para
este objectivo.
A Dinamarca, país que preside a União Europeia, definiu como uma das
suas prioridades o progresso do debate acerca das pospostas da
Comissão Europeia para a futura política agrícola comum (PAC),
defendendo a simplificação da mesma, à semelhança do Copa-Cogeca e
muitos ministros da Agricultura da União Europeia (UE).
A presidência em exercício considera importante o desenvolvimento de
uma PAC mais verde, tal como proposto por Bruxelas, mas sem aumentar a
burocracia para implementar a mesma e desenvolver a produção, sendo
também desfavorável à execução de um limite máximo dos pagamentos
directos.
A administração dinamarquesa diz ser indispensável promover a União
Europeia através de uma política eficaz, pretendendo discutir todas as
questões chave sobre o futuro da PAC no próximo mês de Junho e lançar
um relatório de progresso em preparação para a próxima presidência de
forma a obter um acordo sobre as mesmas em 2013.
Por seu lado, o presidente da Confederação geral das Cooperativas
Agrícola da União Europeia (COGECA), organização da qual a CONFAGRI
faz parte, referiu que a crescente volatilidade do mercado exige a
criação de fortes redes de segurança e medidas para controlar os
mercados.
Paolo Bruni sublinhou que «as organizações de produtores e as
cooperativas desempenham um papel importante para ajudar os
agricultores a gerirem de forma adequada a extrema volatilidade nos
mercados agrícolas», classificando como um passo na direcção certa a
proposta da Comissão para desenvolver a promoção de produtos de forma
a reconhecer as organizações de produtores (OP), solicitando, no
entanto, uma definição mais precisa de OP, dos seus objectivos e
garantia de segurança jurídica na legislação comunitária no âmbito da
concorrência, para além de medidas específicas para eliminar práticas
comerciais ilegais e abusivas na cadeia alimentar.
O vice-presidente do Copa, Lorenzo Ramos, destacou a forma como os
agricultores de alguns Estados-membros foram recentemente afectados
pela seca e os custos de produção elevados. «No sul da Europa, a seca
é grave e apenas 30 porcento da área de cereais da UE é susceptível de
ser cultivada», assinalou o responsável.
Lorenzo Ramos adiantou que o Copa instou a Comissão a apresentar
medidas de apoio aos agricultores de forma a manter a capacidade de
produção, advertindo também para o facto das propostas da PAC exigirem
mais restrições ambientais aos agricultores, sem avaliar o impacto na
segurança alimentar, razões que levam o Copa-Cogeca a defender uma
política que garanta o crescimento verde, mas também a manutenção da
capacidade de produção, eficiência e emprego.
Fonte: Copa-Cogeca
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