Sociedade 15 Jul 2012, 18:02h
O decreto-lei sobre a arborização e rearborização do país que o
governo se prepara para aprovar, irá facilitar a "eucaliptização
generalizada do país e a proliferação incontrolada de outras espécies
de crescimento rápido". Esta foi uma das conclusões do workshop sobre
políticas florestais que decorreu ontem, Sábado, em Tomar, por
iniciativa da Comissão Distrital de Santarém do Bloco de Esquerda.
Embora reconhecendo a necessidade de resolver os problemas do sector
decorrentes de uma grande burocratização e dispersão legislativa, o BE
diz que a aprovação do diploma, preparado pela ex-AFN, Autoridade
Florestal Nacional, apenas beneficiará a indústria das celuloses.
"A ir por diante a aprovação do decreto-lei, poderá efectuar-se a
arborização de pequenas parcelas até 5 hectares e a rearborização de
parcelas até 10 hectares, "com qualquer espécie vegetal", mediante uma
simples comunicação prévia.
Antes do final do período de discussão pública do projecto (25 de
Junho), o mesmo foi contestado, pelas mesmas razões, pela associação
ambientalista Quercus.
O regime sobre a arborização com espécies de rápido crescimento em
vigor exige que a plantação de eucaliptos tenha de ser autorizada
pelos serviços da AFN ou pelas câmaras municipais, mesmo nas áreas
mais reduzidas. Isso não tem impedido a enorme expansão das
monoculturas de eucalipto as quais ocupam desde há vários anos uma
área superior a 700.000 hectares.
http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=52426&idSeccao=479&Action=noticia
1 comentário:
Muito incêndio vai haver ...
Em vez de lucro vão ter cinzes.
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