Com vista a evidenciar o potencial das novas áreas de regadio que têm
vindo a surgir no Alentejo, a Anpromis – Associação Nacional de
Produtores de Milho e Sorgo, marca este ano presença na 30º edição da
Ovibeja que se realiza de 24 a 28 de Abril.
Segundo uma estimativa levada a cabo pela ANPROMIS, com base em
informação disponibilizada pela EDIA, a região de Alqueva possui
condições para que, num futuro próximo, se possam semear nesta zona
cerca de 30.000 hectares de milho, o que vai possibilitar ao nosso
país passar de uma atual taxa de autoaprovisionamento em milho de 32%
para cerca de 60%.
Segundo Luis Vasconcellos e Souza, presidente da Anpromis «o nosso
país produz atualmente cerca de 700 mil toneladas de milho grão, das
quais, em 2012, apenas 60 mil toneladas foram produzidas na zona de
Alqueva (cerca de 4.000 hectares semeados). Prevê-se que este ano o
aumento da área semeada com milho nesta região possa crescer de forma
significativa, podendo atingir-se os 7.000 hectares, o que a
confirmar-se, permitirá que se obtenha uma produção de cerca de 100
mil toneladas de milho nesta zona.»
É neste sentido que, para a Anpromis, a Ovibeja constitui um espaço
privilegiado para apoiar as novas áreas de regadio e dar a conhecer o
elevado grau de profissionalismo de alguns dos agricultores da região
que, suportados pelas novas tecnologias e por uma notória aposta na
formação e no aprofundando dos seus conhecimentos, têm atingido
elevados níveis de competitividade por hectare.
"A zona de Alqueva possui condições extremamente favoráveis para o
cultivo do milho, pois pode disponibilizar água e terras em extensão.
No entanto, para que a área de milho aumente nesta região de forma
significativa, é fundamental que alguns obstáculos sejam
ultrapassados, nomeadamente, facilitando-se o acesso ao crédito
bancário (a taxas suportáveis por esta actividade), agilizando-se o
acesso à terra, reduzindo-se o preço da água e privilegiando-se os
apoios aos investimentos relacionados com o regadio e com o uso
eficiente da água e da energia, previstos ao nível do programa de
desenvolvimento rural (actual e futuro)" refere Luis Vasconcellos e
Souza.
O milho tem sido, ao longo dos últimos anos, a cultura arvense mais
representativa da agricultura de regadio nacional ocupando uma área
que ronda os 140 mil hectares. Assumindo-se o regadio como um factor
estratégico para o desenvolvimento e sustentabilidade da agricultura
nacional, esta cultura tem um papel fundamental no desenvolvimento
socioeconómico do nosso país.
fonte: multicom
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