sexta-feira, 26 de abril de 2013

Exportações agrícolas aumentaram mais do que importações entre 2006 e 2011

Segundo dados do INE as exportações de produtos agrícolas aumentaram
mais que as importações, com destaque para a exportação de vinho



Défice comercial com a Galiza melhorou
D.R.
02/04/2013 | 14:22 | Dinheiro Vivo

As exportações de produtos agrícolas aumentaram mais do que as
importações entre 2006 e 2011, destacando-se o vinho, com metade do
valor total, e o acréscimo do azeite e dos frutos e hortícolas,
segundo o INE.

No entanto, o saldo da balança comercial agravou-se neste período,
apresentando um défice de 1,3 mil milhões de euros.

O vinho representou 50,1% do valor total das exportações (658 milhões
de euros em 2011), seguindo-se o azeite, com 7,5%, cujo acréscimo de
valor (mais 102 milhões de euros) ultrapassou o do vinho.

Salienta-se igualmente o bom desempenho dos frutos frescos e
hortícolas, cujas exportações representam já um sexto da produção
total.

As exportações agrícolas para o mercado comunitário aumentaram 6,3% e
para o mercado extracomunitário 11,4%, destacando-se as exportações
para os PALOP que quase duplicaram de valor entre 2006 e 2011.

No caso do Brasil, as exportações, constituídas sobretudo por azeite,
peras e vinho triplicaram de valor, enquanto para o mercado angolano
vende-se essencialmente vinho, que representou, em 2011, 81,5% do
valor total das exportações agrícolas para aquele país.

Espanha e França foram os principais fornecedores de produtos
agrícolas neste período, destacando-se ainda as importações dos EUA e
do Canadá, sobretudo sementes de oleaginosas (colza e soja) e cereais
(milho e trigo) que, desde 2006, quadruplicaram e sextuplicaram o seu
valor.

A indústria alimentar que gerou um valor médio de produção de 10,8 mil
milhões de euros entre 2006 e 2010 representou, em média, 7,9% do
valor das importações nacionais e 5,2% das exportações, apresentando
um saldo deficitário de 2,8 mil milhões de euros no período 2006-2011.

A disponibilidade interna de conservas de peixe e de frutas e
hortícolas transformados é suficiente para garantir a segurança
alimentar, mas nos produtos de pesca processados (preparados,
congelados, secos e salgados) é inferior a 50%.

Espanha é o principal fornecedor de produtos alimentares, e,
simultaneamente, o principal cliente das exportações de alimentos
portugueses (43% em média entre 2006 e 2011), mas as exportações para
Angola, das quais cerca de metade são relativas a óleos e gorduras e
produtos à base de carne, foram as que mais cresceram.

Em 2011, as exportações alimentares para Espanha atingiram os 1.057
milhões de euros, com Angola a chegar aos 335 milhões.

Os produtos de pesca, que representam cerca de 8% da produção da
indústria alimentar geraram, entre 2006 e 2010, um valor anual médio
de produção de cerca de 560 milhões de euros, com o grau de
autossuficiência a rondar os 82% na generalidade dos grupos (peixes
frescos, crustáceos e outros), mas a ultrapassar os 100% nos moluscos.

Portugal continua a apresentar um saldo deficitário da balança
comercial, mas as exportações de peixe fresco e refrigerado evoluíram
favoravelmente entre 2006 e 2011, crescendo a um ritmo médio anual de
11,3% que representa um acréscimo de valor de 56,3 milhões de euros.

No entanto, as importações aumentaram também, com um crescimento médio
anual de 3,7%.

O principal cliente das pescas nacionais é Espanha, absorvendo mais de
80% do total, seguindo-se Itália, EUA, França e Japão, que procura
essencialmente atuns.

No campo das bebidas (exceto vinho), o grau de autossuficiência
aumentou atingindo 96% em 2010, destacando-se o crescimento da
exportação de cerveja (mais 90 milhões de euros entre 2006 e 2011,
correspondentes a mais 72,7%), mas também de bebidas não alcoólicas
(incluindo refrigerantes) que tiveram um aumento de 43 milhões de
euros (mais 84,6%).

Espanha voltou a ser o principal fornecedor de bebidas a Portugal, mas
Angola foi o principal mercado de destino, chegando quase aos 50% do
total em 2011.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO133648.html?page=0

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