22 de Abril de 2013, por Maria João de Almeida
Cláudia Quini, Presidente da Organização Internacional da Vinha e do
Vinho (OIV) deu recentemente uma entrevista à revista argentina, La
Bolsa, que é necessário que a «China se sente à mesa para discutir a
vitivinicultura mundial, para definir a sua produção interna e ter
competências em muitos mercados». Segundo Quini, a OIV está a
trabalhar para que a China «organize a sua vitivinicultura, que nos
últimos dez anos registou um boom. Actualmente produz, consome e
exporta, mas não se sabe o que estão a vender, nem eles têm uma noção
clara em termos de definições e variedades».
Sobre os países europeus, que erradicaram vinhas para equilibrar a
respectiva produção, afirmou: «A partir dessa política, os europeus
revalorizaram a sua produção e regularam os seus stocks. Ainda que
haja pedidos de produtores para erradicarem vinhas, 2013 será o último
ano dessa política europeia. Ante a crise económica europeia, os
principais produtores vão reforçar a sua competição nos mercados fora
da Europa. Por exemplo, o mercado não só atrai os argentinos, como
está a ser alvo da Espanha, França, Itália, Austrália, África do Sul,
entre outros».
Cláudia Quini fala também do seu país, a Argentina, como país
vitivinícola, pondo em evidência a zona Oeste (junto à Cordilheira dos
Andes), situada entre os 20 e os 40 graus de latitude, reportando-se á
famosa casta Malbec (oriunda de Bordéus), admirada por especialistas
de todo o mundo.
Quanto à política da OIV, relembrou que a organização elabora planos
estratégicos para 3 anos, e anunciou a revisão do Plano a partir de
Outubro último (2012) com os seguintes items: sustentabilidade,
produção integrada, tendências no consumo, novos produtos mais fáceis
de beber, e espaços ocupados por outras bebidas, como as cervejas e as
águas.
http://www.mariajoaodealmeida.com/catalogo_noticias.php?ID=3689
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