quarta-feira, 24 de abril de 2013

Produtores de Tomate pedem à Ministra seguro de colheita com ajuda comunitária

Agrícultura


Económico com Lusa
22/04/13 11:53



Miguel Cambezes, secretário-geral da Associação dos Industriais do
Tomate pede a Assunção Cristas um seguro específico para o sector do
tomate custeado em parte por verbas comunitárias.

A fileira do tomate quer um seguro de colheita específico para o
sector, com prazo e cobertura alargados, defendendo que só assim será
possível aumentar a produção e exportar mais.

Indústria e organizações de produtores (OP) estão unidos neste
objetivo e vão pedir à ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que
medeie "uma reunião com uma ou duas companhias mais próximas desta
questão" para avançar com uma proposta, disse à Lusa, o
secretário-geral da Associação dos Industriais do Tomate (AIT), Miguel
Cambezes.

"Queremos um seguro específico para o sector do tomate, adaptado às
realidades necessárias para a boa prática agrícola e em que os
produtores se comprometem a que a maioria dos seus membros vai
contratar este seguro", acrescentou o responsável

Quanto ao aumento de custos que o seguro representaria para as
organizações de produtores e para as unidades industriais "terá de ser
repartido de forma que ainda terá de ser negociada, de maneira a poder
captar todas as verbas comunitárias que possam ser alocadas ao
pagamento deste prémio".

Portugal é o quarto maior exportador mundial de tomate transformado e
vende ao estrangeiro 95% da produção total, mas "há margem para
progredir", considera a AIT.

O sector do tomate em Portugal tem vindo a crescer entre 3 a 5% nos
últimos 20 anos e tem potencialmente margem de progressão. Exportamos
hoje em dia 250 milhões de euros com 80% de valor acrescentado "mas
poderíamos e deveríamos exportar mais", considerou o mesmo
responsável.

"O problema é que o produtor não quer arriscar, a não ser que tenha
uma rede por baixo, ou seja, um seguro de colheita estendido até 15 de
Outubro e que inclua o risco de chuvas persistentes", continuou.

As companhias fazem normalmente seguros até ao dia 30 de Setembro "e
excluem esta cobertura, mas incluem outras, como o granizo,
consideradas desnecessárias face à época do ano, o que cria um sistema
perverso".

O responsável pela AIT alertou para o facto de "os seguros não seram
adequados às necessidades, a maior parte das organizações de
produtores não os faz e como estas não os fazem, as companhias de
seguros dizem: então, o resto, também não fazemos".

A campanha do tomate durava três meses, mas foi sendo reduzida para
dois, devido à concentração da oferta e à modernização tecnológica e
ao aumento da capacidade que resultaram de um investimento de 60
milhões de euros feito na última década, explica o secretário-geral da
AIT.

Questionado sobre o impacto do mau tempo Miguel Cambezes disse sobre a
produção que, "apesar da chuva ter atrasado as plantações cerca de
três semanas, ainda não há motivos para alarme".

http://economico.sapo.pt/noticias/produtores-de-tomate-pedem-a-ministra-seguro-de-colheita-com-ajuda-comunitaria_167554.html

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