PÓVOA DE VARZIM
Áudio Peça de Cristina Branco
"Eles querem clientes com dinheiro, não querem clientes só para pedir
dinheiro", desabafa um agricultor da Póvoa de Varzim, que viu as suas
estufas serem destruídas pelos temporais de Janeiro.
09-05-2013 13:00 por Cristina Branco
Miguel Junqueira é um entre muitos horticultores da Póvoa de Varzim
que viram, em Janeiro, as suas estufas dstruídas pelo mau tempo e
sentem hoje as difuculdades no acesso ao crédito bancário.
São muitas as exigências e condições exigidas pelo banco~, explica o
empresário agrícola: "Eles querem clientes com dinheiro, não querem
clientes só para pedir dinheiro".
Miguel Junqueira precisa de 45 mil euros para reconstruir duas estufas
e, para já, no banco só lhe pedem garantias: "Se tivéssemos dinheiro,
isto andava para a frente, mas, sem isso, exigem fiador, garantias,
temos de ter algum dinheiro no banco".
O agricultor poveiro explica que não é suficiente para o banco a
candidatura apresentada aos apoios ao abrigo do PRODER, na sequência
do plano de compensações que promete ressarcir os agricultores em 75%
dos prejuízos. "Teríamos que ter uma garantia de que a candidatura
será aprovada, e em que data, para abater ao empréstimo. E, mesmo
assim, para os restantes 25%, é muito complicado", lamenta.
Mesmo que a resposta do banco seja positiva, o valor das prestações é
muito alto: "Anda à volta de mil euros por mês, em cinco anos. É muito
dinheiro e eles não emprestam em prazos maiores".
Miguel Junqueira diz que procurar financiamento noutras instituições
não é alternativa: "Estou a pedir no meu banco, onde tenho conta, onde
me conhecem e sabem que faço alguns movimentos, ainda que sejam
pequenos. Se for para um banco novo, não interesso. Eles querem
clientes com dinheiro, não querem clientes só para pedir dinheiro".
Há três meses que este horticultor da Póvoa de Varzim está sem
trabalhar. São já 12 mil euros perdidos. E não é por falta de
encomendas.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=106893
Sem comentários:
Enviar um comentário