quarta-feira, 15 de maio de 2013

PS critica Governo na prevenção de fogos florestais e quer Assunção Cristas no parlamento

O PS anunciou hoje que vai chamar ao parlamento a ministra da
Agricultura, Assunção Cristas, considerando que o Governo está a
investir pouco na prevenção dos incêndios florestais e a gerar
instabilidade em todo o sistema.

Estas posições foram transmitidas aos jornalistas pelo deputado
socialista Miguel Freitas, numa declaração em que também adiantou que
o PS apresentará na próxima semana um projeto de resolução em matéria
de prevenção e combate a incêndios florestais.

Segundo dados do PS, o Governo prepara-se para gastar este ano 78
milhões de euros no combate aos fogos florestais e, em contrapartida,
"continua a gastar muito pouco em matéria de prevenção, cerca de 18
milhões de euros".

"Estamos perante uma inversão clara de prioridades. Em dois anos, este
Governo aumentou 15 por cento a verba destinada ao combate e diminuiu
em idêntica proporção o investimento em prevenção estrutural",
criticou Miguel Freitas.

Para o PS, ao seguir esta política, o Governo não permite que haja
qualquer mudança profunda na proteção da floresta, porque "só
apostando na prevenção é possível ter num horizonte de médio prazo uma
redução dos custos com fogos florestais".

"O país gasta cerca de 100 milhões de euros em prevenção e combate, e
o PS considera possível reduzir esse valor se a aposta for bem feita,
ou seja, se for feita ao nível da prevenção", reforçou o deputado
socialista eleito pelo círculo de Faro.

Na declaração que fez aos jornalistas, na Assembleia da República,
Miguel Freitas acusou também o Governo de gerar instabilidade no
sistema, alegando que neste momento ainda estão por contratar 70
equipas de sapadores florestais, cerca 350 homens "que estão no
terreno mas desconhecem o seu futuro".

"O Governo criou também instabilidade no corpo do Instituto de
Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), já que três dezenas de
técnicos, com a missão de fazerem o acompanhamento e planeamento dos
planos municipais de defesa da floresta, estiveram parados um mês por
falta de contratação", apontou o deputado socialista.

Ainda de acordo com Miguel Freitas, o atual Governo não tem feito
qualquer trabalho efetivo na gestão florestal - "o instrumento que o
próprio executivo PSD/CDS tinha considerado essencial".

"O Governo, com o apoio do PS, aprovou no ano passado o banco de
terras, mas até agora não foi capaz de o regulamentar e de o colocar
ao serviço dos produtores florestais", acrescentou.
.diariOnline RS com Lusa
13:47 terça-feira, 14 maio 2013

http://www.regiaosul.pt/noticia.php?refnoticia=136527

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