Reportagem de Ana Rodrigues
Este ano, e pela primeira vez, o avião de transporte táctico da Força
Aérea, o C-295 M, vai dar apoio aéreo aos bombeiros no combate aos
incêndios. O acordo entre o Ministério da Defesa e a Autoridade
Nacional de Protecção Civil está assinado e o avião militar pode ser
chamado a qualquer momento a entrar em acção.
O C-295 M é uma aeronave com tecnologia altamente avançada e preparada
para actuar em missões de busca e salvamento, combate à poluição,
tráfico de droga, controlo de fronteiras e agora combate aos
incêndios.
O comandante da Esquadra 502 revela que o objectivo é usar a vantagem
da visão aérea, sensores e outro equipamento para recolher informação
sobre os fogos e informar o elemento da protecção civil que vai a
bordo. É ele quem decide o que fazer.
"Ele consegue perceber exactamente qual é o fogo mais importante,
estamos a falar de fogos de grande dimensões, o que deve ser atacado
imediatamente e redistribuir os meios para que se consiga a tempo útil
salvar vidas, casas, habitações", explica àRenascença o
tenente-coronel Pedro Bernardino.
O avião militar está de alerta, pronto a descolar em 30 minutos,
totalmente equipado, do Montijo, Porto Santo e Açores.
Sentado junto ao equipamento, o controlador vai registando os locais
do fogo, mas também pontos de água para abastecer as viaturas dos
bombeiros. Como a velocidade é uma das vantagens, rapidamente se
acompanham vários incêndios em todo o país. Para Pedro Bernardino essa
"é uma das grandes mais-valias deste meio".
"Como consegue uma velocidade de 500 quilómetros hora e estar 10 horas
no ar, consegue estar num fogo e em 30 minutos passar de um fogo no
sul do país para outro no norte", sublinha o comandante da Esquadra
502 que opera o C-295.
Um avião que vai a partir de agora apoiar os bombeiros no combate aos
incêndios de dia, mas também de noite, graças ao sistema de visão
nocturna que tem equipado.
A aeronave está a postos para a fase Bravo que começa esta
quarta-feira. É a segunda mais importante relativa ao dispositivo de
meios de prevenção e combate aos fogos florestais. Esta fase, que dura
até 30 de Junho, envolve cinco mil operacionais no terreno, apoiados
por 1.200 viaturas e 30 meios aéreos.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=107591
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