© Unicamp
O fungo 'acredmonium strictum', muito abundante na natureza, pode dar
origem a uma nova era na área dos biocombustíveis. O organismo
identificado por uma investigadora brasileira tem a capacidade de
transformar celulose em bioetanol, um sonho antigo dos investigadores
desta área.
Diversos investigadores têm tentado arranjar uma forma mais simples de
transformar a celulose em biocombustível, uma vez que esta matéria
existe em abundância na natureza e não se destinada à alimentação de
seres humanos.
A engenheira alimentar da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
no estado de São Paulo (Brasil), analisou cerca de 390 raízes e
plantas na sua investigação de doutoramento para encontrar este fungo
capaz de gerar etanol de segunda geração, o chamado "álcool verde".
Rosana Goldbeck explica, num artigo publicado no site da Unicamp, que
os microrganismos mais usados na produção de álcool combustível, as
Saccharomyces, não conseguem fazer a conversão de celulose diretamente
em etanol: precisam de enzimas externas que degradem a celulose em
glicose, o que torna o processo caro e demorado.
A investigadora demonstrou que o fungo consegue gerar enzimas capazes
de degradar a celulose (um polímero das plantas que não é comestível)
em glicose, que pode ser, posteriormente, convertida em etanol.
Utilizar a celulose em vez de cereais para produzir álcool traria
grandes benefícios em termos de custos, já que a celulose não é
própria para consumo humano.
A investigadora brasileira acredita que graças a esta nova descoberta
- que poderá ser usada, por exemplo, para transformar desperdícios
industriais, como o papel, em etanol - "em cinco anos o Brasil será um
dos maiores produtores de etanol de segunda geração".
http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_novo-fungo-capaz-de-transformar-celulose-em-etanol_15655.html
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