Por Catarina Correia Rocha, publicado em 28 Mar 2012 - 18:32 |
Actualizado há 5 dias 15 horas
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A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) considera
que "a crise tornou os consumidores mais racionais", revela ao i. A
associação defende ainda que cada vez estamos mais sensíveis ao factor
preço, o que leva a um aumento das procura das marcas de distribuição.
Por isso mesmo, a adesão dos consumidores às marcas próprias tem vindo
a crescer e, segundo dados da Nielsen, a quota de mercado situa-se
actualmente nos 34%. Mesmo assim, este valor "ainda está bastante
abaixo da quota de outros países com mercados mais maduros, como é o
caso de Inglaterra e da Suíça", salienta a associação.
Segundo a Kantar World Panel, a quota das marcas próprias poderá
chegar aos 42% este ano, embora as previsões da APED apontem para
valores inferiores. "De qualquer forma, é inegável que as marcas
próprias vieram para ficar e estão presente em todos os lares,
independentemente da classe socioeconómica", confirma.
A APED considera ainda que "neste momento, estamos já a sentir uma
grande procura nas chamadas marcas da distribuição de primeiro preço,
ou seja, os preços mais baixos entre os preços baixos." Este factor
gera preocupação acrescida à associação, uma vez que "está a afectar o
sector da distribuição, tanto alimentar como não alimentar, o que
demonstra que estamos a atravessar uma crise profunda."
Os gelados, pão embalado, papel higiénico, refrigerantes sem gás e
água mineral, são os produtos de marca própria que os portugueses mais
procuram e em que mais confiam. "As marcas de distribuição estão a
travar o agravamento do custo de vida dos consumidores", afirma fonte
da APED ao i.
O detalhe na informação dos rótulos, bem como o conhecimento das
necessidades dos consumidores são os principais factores que levam ao
sucesso destas marcas. "Todos os estudos apontam para um nível de
satisfação muito elevado. As marcas têm sido grandes aliadas não só
contra o aumento do custo de vida, mas também por uma democratização
do consumo: produtos antes dirigidos a nichos de mercado estão agora
acessíveis para um largo espectro de consumidores."
http://www.ionline.pt/dinheiro/aped-crise-torna-os-consumidores-mais-racionais
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