Portugueses fazem menos refeições fora de casa
O consumo no sector alimentar nas empresas de distribuição caiu cerca
de dois por cento em valor no primeiro trimestre deste ano, quando
comparado com igual período de 2011, adiantou fonte da APED.
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Portugal pediu ajuda financeira à Troika a 6 de Abril de 2011. Um ano
depois, a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED)
diz que "o consumidor mudou bastante a atitude" nas compras.
"Tem mais hipersensibilidade ao preço, passou a ir mais vezes à loja e
a gastar menos dinheiro e, no sector alimentar, passou a comprar
artigos que substituem a alimentação fora de casa. São tendências
muito expressivas", disse Ana Isabel Morais, directora-geral da APED.
Na alimentação, denota-se que há produtos onde o consumidor aposta no
'upgrade', ou seja, compra um artigo um pouco mais caro para compensar
o facto de ter deixado de fazer refeições fora.
No entanto, o "efeito da crise é profundo" devido ao "decréscimo
substancial no poder de compra das famílias", acrescentou.
Se se comparar o primeiro trimestre do ano passado, anterior ao pedido
de ajuda externa, e os primeiros três meses deste ano, "no sector
alimentar o consumo está a cair em valor dois por cento".
Mas é no sector não alimentar que as quebras são maiores, variando
entre recuos de quatro por cento até dois dígitos.
"A categoria com mais quebra é a electrónica de consumo", disse Ana
Isabel Morais, um segmento que antes do pedido de ajuda externa era um
dos preferidos dos consumidores portugueses.
Segundo dados da Nielsen, nos bens de grande consumo (higiene lar,
higiene pessoal, bebidas e alimentação), a quebra em facturação é de
0,2 por cento.
O segmento das bebidas é o que mais tem perdido terreno, com menos
vendas de bebidas alcoólicas, que estão a ser substituídas por
refrigerantes.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/consumo-no-sector-alimentar-caiu-2
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