Inovação, tecnologia, formação e networking foram o mote do SIAG, o
Salão Internacional de Agro-Negócios, organizado pela VIDA RURAL e
pela IFE que levou mais de 3000 profissionais a Santarém para dois
dias de agribusiness, nos dias 28 e 29 de Março, e que lançou um
desafio a todos os presentes: "contra a crise agricultar".
Cerca de 130 empresas e instituições mostraram as últimas novidades em
produtos e serviços para a agricultura e agro-indústria, num evento
que contou com oito conferências sectoriais onde participaram mais de
60 especialistas que partilharam experiências e casos prático na área
das culturas protegidas, olival e azeite, floresta, pecuária,
orizicultura, trigo de regadio, vinha e vinho e reforma da PAC.
No âmbito das conferências é de destacar que no encerramento da
conferência "Floresta Mediterrânica - Abordagens Inovadoras na Gestão
e nos Mercados", organizada pela União da Floresta Mediterrânica
(UNAC) o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural
afirmou que "as abordagens inovadoras são fundamentais na floresta",
destacando que "é importante que os agentes que estão no terreno
influenciem estas práticas inovadoras". Daniel Campelo, referindo que
subscrevia "integralmente" as conclusões da conferência apresentadas
pelo presidente da UNAC, Pedro Silveira, garantiu: "vou levar comigo
estas conclusões", "porque este tipo de reflexão é também fundamental
para servir de suporte a quem tem de decidir".
É de sublinhar ainda, que no encerramento da conferência sobre a
Reforma da PAC - Os Novos Apoios Verdes, o Secretário de Estado da
Agricultura, José Diogo Albuquerque, anunciou que o Governo entregou à
Comissão Europeia (CE) uma proposta para que "a perda de Portugal na
PAC seja limitada a 8%, uma vez que também é isso que o país irá
ganhar", segundo a actual proposta da Comissão Europeia. José Diogo
Albuquerque esteve presente para apresentar a posição do Executivo
nacional sobre a reforma da Política Agrícola Comum que está em
discussão na Europa, salientando a importância do Salão, uma vez que
"é fundamental haver esta partilha de informação no sector". Sobre a
proposta da CE, frisou que Portugal "quer mais flexibilidade no
envelope financeiro para o País". "As propostas da CE para a PAC ainda
vão evoluir, nomeadamente na próxima presidência, que será de Chipre,
uma vez que a actual presidência dinamarquesa está a realizar uma boa
evolução ao nível técnico", disse o governante. O secretário de Estado
afirmou que Portugal defende "um conceito de agricultura activa",
sublinhando: "ajuda directa para não produzir está errado". Sobre o
Programa de Desenvolvimento Rural da Europa, José Diogo Albuquerque
sublinhou que este "não se pode excluir o regadio" e saudou "o apoio
às Organizações de Produtores (OP) existentes e o incentivo à criação
de novas", apelando à união dos agricultores para que "possamos
enriquecer juntos e não empobrecer sozinhos". Especificamente sobre a
preparação do próximo Programa de Desenvolvimento Rural português o
governante disse que será "mais simples, com menos medidas e menos
complexas" e irá "dar prioridade à concentração da oferta". Além
disso, José Diogo Albuquerque defendeu que "não cabe ao Governo dizer
sectores prioritários, mas sim estratégias que passarão por acções de
conjunto e sempre de fileira".
O SIAG foi ainda palco da apresentação oficial da Rede Inovar, uma
rede de tratamento, difusão de informação técnica e científica e
transferência de tecnologia e inovação nos sectores agrícola,
florestal e agro-alimentar e da mostra tecnológica Agrofood iTECH,
onde estiveram expostas as 20 tecnologias finalistas na categoria
Investigação dos Prémios VIDA RURAL.
Fonte: ife
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/04/05i.htm
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