11 Abril 2012 | 23:30
Rogério de Oliveira
Partilhar
Para combater a crise o País precisa de um desígnio nacional, de
ambição, de uma estratégia global e de uma cultura de inovação
amplamente partilhada.
A inovação nas comunidades, nas empresas e nos serviços públicos, deve
estar no centro do ataque à crise numa atitude pró-activa por forma a
que o País possa emergir com uma economia mais inovadora, dinâmica,
diversificada e sustentável.
Para além do reforço do empenho nos sectores tradicionais
(p.e.calçado, turismo, cortiça, plásticos e fileira florestal) é
imperioso a aposta em novos sectores emergentes de elevado crescimento
(ambiente, energias renováveis, novos materiais, TIC(s), engenharia de
software, biotecnologia e ciências do mar).
O desenvolvimento destes sectores requer uma combinação inteligente de
investimento público, parcerias e empreendedorismo.
Os maiores ganhos para a sociedade encontram-se naqueles sectores que
oferecem simultaneamente um potencial de crescimento imediato
suportado globalmente nas competências críticas do País, e que ajudem
a concretizar desafios estratégicos.
Isto exige um enquadramento lato, suportado numa estratégia global de
âmbito nacional, que defina objectivos de longo prazo consensualizados
e negociados com os demais parceiros (forças políticas, universidades,
centros de investigação, associações empresariais), com métricas de
controlo associadas e capacidade de execução em tempo útil.
No âmbito da estratégia de inovação para o País devem coexistir os
sectores público e privado, a inovação (em particular tecnológica, de
modelos de negócio e social) e o empreendedorismo.
A recessão pode constituir uma janela de oportunidade em termos de
novas plataformas de crescimento se as organizações souberem agarrar
as oportunidades nas novas áreas em crescimento
e os empreendedores abraçarem desafios emergentes, em particular nas
áreas sociais, pois promovem quer o desenvolvimento quer a coesão
social.
Uma questão crítica relacionada com o crescimento é a capacidade de
mobilizar e partilhar recursos através de redes, pois estas são
essenciais no que se refere:
– Ao desenvolvimento regional, ao relacionar decisores públicos e
privados, bem como facilitar quer a pesquisa de novos mercados quer de
investidores.
– À criação de negócios, que pode ser facilitada p.e. pelos clubes de
negócio, ao fazerem interagir empreendedores e investidores.
– Quer à utilização mais eficiente dos recursos partilhados quer à
promoção da colaboração e da criatividade.
Pelo que, é incontornável a crescente disponibilização de
infraestruturas que possibilitem a cobertura e o acesso de banda larga
às mais remotas regiões do País.
A concretização deste objectivo vai potenciar/facilitar a eficiência
dos negócios, a pesquisa de emprego, a coesão social, a interacção
entre actores do tecido sócio-económico e as ligações internacionais.
Consultor de empresas/professor universitário.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=550439&pn=1
Sem comentários:
Enviar um comentário