terça-feira, 17 de abril de 2012

Tempo não dá tréguas à laranja algarvia

16-04-12
A produção de citrinos no Algarve deverá sofrer uma quebra "entre 20 a 30%", segundo dados que constam no último relatório do Grupo de Acompanhamento e Avaliação dos Impactos da Seca. A produção de alfarroba e de forrageiras também sofrerá uma redução significativa.

Segundo o Correio da Manhã e baseando-se no relatório, publicado neste mês, os citrinos foram, de uma forma geral, "muito afectados pelas geadas", que prejudicaram "o seu estado vegetativo". Os pomares que sofreram maiores danos foram "os da tangerina Encore e Clemenville e das laranjas Lanelate, D. João, Valência Late e Rhodes".

O Algarve conta com mais de 11 mil hectares de pomares, representando quase 70% do total nacional. Num ano normal, a região produz mais de 200 mil toneladas de citrinos.

As condições meteorológicas também estão a afectar as alfarrobeiras. "Prevê-se uma diminuição de produção na ordem dos 25 a 30%, em parte devido aos efeitos da seca", segundo consta do relatório.

Na última década, os agricultores algarvios apostaram forte na produção de alfarroba, tendo sido plantadas cerca de 2,5 milhões de árvores. A região é responsável por mais de 95% da produção de alfarroba do País, o que corresponde, num ano normal, a cerca de 50 mil toneladas.

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação dos Impactos da Seca revela, por outro lado, que "as pastagens e os prados de sequeiro tiveram, de uma forma geral, uma rápida deterioração", devido à "fraca precipitação".

"Há produtores que estão a comprar palha proveniente do Alentejo e de Espanha, onde também começa a escassear", refere o relatório. E acrescenta que "a subida acentuada dos preços dos materiais enfardados está a aumentar os custos de produção e a descapitalizar as empresas agrícolas".

http://algarveprimeiro.com/index.php?article=23997&visual=8&id_area=1&layout=20

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