HOJE às 14:490
inShareUma pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(Esalq) da USP, no Brasil, revela que as abelhas são bioindicadoras de
poluição ambiental. Durante as viagens para recolha de água, néctar e
pólen das flores, as abelhas são impregnadas por microrganismos e
substâncias químicas presentes na atmosfera, podendo servir de
indicador da qualidade do ar.
O estudo realizado pela bióloga Talita Antonia da Silveira foi
desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Entomologia, com o
objectivo de verificar se o pólen apícola recolhido por abelhas Apis
Mellifera pode ser utilizado como bioindicador de poluição ambiental.
Talita explica que as abelhas operárias realizam viagens exploratórias
em áreas que cercam o seu habitat, recolhendo o néctar, a água e o
pólen das flores. Com isto, quase todos os sectores ambientais — solo,
vegetação, água e ar — são explorados. Durante este processo, diversos
microrganismos, produtos químicos e partículas suspensas no ar são
interceptados pelas abelhas e podem ficar colados ao seu corpo ou ser
ingeridos pelas mesmas.
Pautado neste facto, os produtos apícolas podem ser usados como
bioindicadores para monitização de impacto ambiental causado por
factores biológicos, químicos e físicos. A análise de elementos traço
no pólen pode biomonitorizar o ambiente e essa monitorização com
produtos apícolas pode ser uma das formas de prevenir a contaminação
ambiental.
As abelhas são insectos sociais que contribuem para o ambiente através
da polinização, ajudam na agricultura e ainda fornecem mel, geleia
real, cera, própolis e pólen.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=564149
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