26 Abril 2012 | 19:32
Ana Filipa Rego - arego@negocios.pt
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A associação considera que a nova taxa sobre a distribuição "terá
impactos negativos na competitividade e dinamização da economia".
A nova taxa sobre a distribuição, fixada entre 5 a 8 euros por metro
quadrado por ano e hoje aprovada em Conselho de Ministros, "situa-se
bem abaixo de 0,1% da facturação anual das empresas sector da
distribuição", garantiu hoje a ministra da Agricultura, Assunção
Cristas.
Ficam isentas empresas com menos de dois mil metros quadrados de área de venda.
Em comunicado, a APED sublinha que o decreto-lei sobre uma nova taxa
de saúde e segurança alimentar "é uma medida que terá impactos
negativos na competitividade e dinamização da economia nacional,
prejudicando sobretudo os consumidores, mas também toda o sector do
retalho.".
Além disso, acrescenta, "terá também efeitos negativos a todos os
operadores económicos desde o sector agrícola, ao agro-alimentar até à
distribuição, afectando toda a cadeia de abastecimento, que vêm
juntar-se aos impactos já de si penalizadores de outras medidas
levadas a cabo.".
"A medida aprovada recai não só sobre os associados da APED, mas
também sobre todos os consumidores e no preço final dos alimentos, num
contexto económico de já tão grandes dificuldades como o que vivemos,
com fortes penalizações sobre o rendimento e restrição do consumo das
famílias", alerta a mesma fonte.
Cristas fala em "impacto diminuto" da taxa
Recorde-se que Assunção Cristas garantiu que a nova taxa terá "um
impacto diminuto" e que vai incidir sobre as grandes superfícies, mas,
quanto ao impacto nos consumidores, a ministra não se quis
comprometer. Dependerá da capacidade da absorção" de cada empresa, mas
este sector [o da distribuição] é o que está "em melhores condições de
absorver" este imposto.
Quanto à abrangência desta taxa, a APED considera que ao aplicá-la por
metro quadrado das unidades, o Governo "terá que garantir que a mesma
só se poderá aplicar às áreas de venda de produtos alimentares,
excluindo toda a área afecta a outros produtos e mercadorias" para
evitar a introdução de ainda mais outra taxa.
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