O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP),
João Vieira Lopes, alertou, esta quinta-feira, para o facto de a nova
taxa sobre a distribuição ir ter impacto junto dos preços no
consumidor.
foto GLOBAL IMAGENS/ARQUIVO
"Não vejo grande possibilidade de, em termos comerciais, se poder vir
a absorver essa margem, por isso a tendência vai ser para se
repercutir no consumidor", afirmou João Vieira Lopes à Lusa, depois do
anúncio feito em Conselho de Ministros pela ministra da Agricultura,
Assunção Cristas.
O valor da nova taxa de segurança alimentar vai situar-se entre os
cinco e oito euros por metro quadrado, aplicando-se apenas às grandes
superfícies, anunciou a ministra.
A ministra considera que terá "um impacto diminuto" pois só será
aplicada aos estabelecimentos com superfícies superiores a 2.000
metros quadrados e fica, ainda assim, "bem abaixo de 0,1% da
faturação" das empresas da grande distribuição.
"A questão fundamental e o que nos preocupa é que estando explícito no
acordo de concertação social que o Governo iria tentar baixar os
custos às empresas, os chamados custos de contexto, nas últimas
semanas só temos tido más notícias", lamentou João Vieira Lopes, que
acrescentou que a CCP está a olhar "com bastante apreensão" as
posições do Executivo no contexto do acordo de concertação social.
Apesar de o limite ter sido estabelecido nos 2.000 metros quadrados
pelo Governo, acima do inicialmente previsto e em linha com o traçado
pela legislação europeia, o presidente da CCP afirmou que "tudo o que
seja um custo" vai ter impacto.
João Vieira Lopes declarou, ainda, não acreditar que se trata de uma
taxa, por não haver uma contrapartida, e corresponde a um imposto que
teria de ser discutido na Assembleia da República.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2443056&page=-1
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