Publicado por Bruno OliveiraEconomia, twitter, ÚltimasQuinta-feira,
Abril 26th, 2012
A produção vitivinícola de 2012 no Ribatejo está protegida por um
seguro de colheitas que a CVR Tejo contratou com a CA Seguros, num
valor total de 6,4 milhões de euros. A cerimónia de assinatura oficial
do contrato aconteceu na passada sexta-feira, em Santarém, com a
presença do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo
Albuquerque, e no recém-empossado presidente do IVV, Frederico Falcão.
José Gaspar, presidente da CVR, sublinhou a importância deste seguro
para o aumento da qualidade do vinho da região e também para garantir
a estabilidade da produção. O seguro agora contratado abrange cerca de
150 produtores, incluindo as duas cooperativas da região (Almeirim e
Cartaxo), cerca de 900 parcelas e 2000 hectares de terreno, 22,8
milhões de euros de volume de produção e cerca de 43% da produção da
região vitivinícola do Tejo. São ao todo cerca de 23 milhões de uva
segurados por este seguro que foi contratualizado com a CA Seguros.
"Esperamos que, em anos seguintes, este volume seja maior", frisou
José Gaspar.
O novo seguro é financiado por fundos comunitários no âmbito da OCM do
vinho e substitui o antigo SIPAC (Sistema Integrado de Proteção contra
as Aleatoriedades Climáticas).
Na sua intervenção, o secretário de Estado José Diogo Albuquerque
sublinhou a evolução positiva na quantidade e qualidade dos vinhos
produzidos na região do Tejo e o aumento da exportação, a
reestruturação da vinha e a adesão pioneira a este novo sistema de
seguros. Recorde-se que a região de vinhos do Tejo aumentou em 70% a
produção e duplicou as exportações nos últimos cinco anos. "Isto
deve-se ao aumento da concentração da oferta e à aposta na defesa
contra riscos", acrescentou José Diogo Albuquerque. "Para o Governo é
fundamental que exista um bom sistema de seguros para este sector pois
permite-nos agir melhor sobre a volatilidade e variabilidade que
existe em Portugal nesta área", frisou também o governante.
"Este novo sistema do OCM permite-nos pagar às seguradoras e os
prémios aos agricultores", lembrou ainda o secretário de Estado,
referindo que o SIPAC se encontrava "desorçamentado" e que este novo
sistema "é mais abrangente, simples e barato".
No futuro, o secretário de Estado quer conseguir para Portugal um novo
sistema de seguros totalmente financiado pela Política Agrícola Comum
(PAC) e que a atribuição de ajudas diretas aos agricultores esteja
condicionada ao facto de esse agricultor ter ou não seguro de
colheitas.
http://www.oribatejo.pt/2012/04/cvr-do-tejo-e-pioneira-no-seguro-de-colheitas-para-a-vinha/
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