17 de Abril - 2012
No âmbito dos 25 anos da FIPA – Federação Portuguesa das Indústrias
Agro-alimentares, decorre hoje no Convento do Beato, em Lisboa, o IV
Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar.
Este encontro, que tem a participação de diversas individualidades do
sector agroalimentar propõe fazer uma reflexão sobre o estado da
economia no que à área alimentar diz respeito, bem como apontar
estratégias para o futuro do mercado e das indústrias transformadoras
nacionais.
"Este é um sector que, na última década, mais do que duplicou as
exportações e tem sabido expandir-se além-fronteiras», salientou Jorge
Tomás Henriques, presidente da FIPA. A aposta na qualidade, na
diferenciação e na definição de políticas adequadas são alguns dos
fatores que contribuem para que o sector agroalimentar mantenha uma
"energia positiva" e alguma criatividade em tempos de incerteza,
observou.
O programa da manhã contou com oradores de diversas entidades
(FoodDrinkEurope, Deloitte, Cerealis, Nestlé Portugal, Delta Cafés,
Unilever Jerónimo Martins, entre outras), que tocaram diversos
quadrantes da indústria agroalimentar, desde os principais eixos de
competitividade ao crescimento e sustentabilidade, e até a forma como
a soberania nacional e alimentar pode estar ameaçada pelas políticas
europeias de constrangimento financeiro.
Adriano Moreira, presidente da Academia das Ciências de Lisboa, frisou
a importância da sociedade civil como agente de mudança e de criação
de confiança, quando o panorama geral é de adversidade económica.
Dirigindo-se à audiência e às empresas nacionais que operam no sector
agroalimentar, Adriano Moreira louvou a sua capacidade de resistência:
«Nascer não se escolhe. Decidir ficar é um ato de amor. E o que os
senhores estão a fazer é um ato feliz para as gerações futuras».
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